Olhó pequeno pug fresquinho! Feito em ponto cruz, disponÃvel e prontinho a entregar a novo adoptante numa moldura cor de rosa bebé 10x15cm.
"Que ideia genial e omnÃmoda o mundo tivera para o tornar naquilo, que partida sublimemente colossal!"
in A Mancha Humana, de Philip Roth (2001)
om·n÷mo·do
adjectivo
1. Que é de todos os modos ou géneros.
2. Ilimitado, sem restrições.
Bestial. Agora já sei que a minha impaciência, a minha raiva e a vontade de bater em várias pessoas é omnÃmoda. Já passo por intelectual. Com um parafuso a menos, mas intelectual.
Sempre fui um bocado reticente em relação à Sónia Tavares - a sonoridade dos The Gift, apesar de no passado ter sido fã do primeiro álbum - tem vindo a evoluir numa direcção que é mais electrónica e pop do que os meus gostos habituais. Por isso, desliguei-me da banda e deixei de prestar atenção.
Até que no dia 13 os vi ao vivo, e há que admiti-lo - a sua voz com rédea solta é qualquer coisa. É boa em estúdio, mas ganha uma dimensão ao vivo capaz de agarrar os mais reticentes (como eu), com uma personalidade poderosa e saltitante em palco trazendo toda a gente para o mesmo comprimento de onda. A voz dela ganha asas e atinge-nos de frente como um comboio com aquele timbre único, inconfundÃvel e algo masculino.
Para além da Sónia acabei por me render a toda a banda. Eles sabem fazer a festa. Vê-se que adoram o que fazem, entregam-se para nos fazer também felizes.
Todas as fotos aqui.
Até que no dia 13 os vi ao vivo, e há que admiti-lo - a sua voz com rédea solta é qualquer coisa. É boa em estúdio, mas ganha uma dimensão ao vivo capaz de agarrar os mais reticentes (como eu), com uma personalidade poderosa e saltitante em palco trazendo toda a gente para o mesmo comprimento de onda. A voz dela ganha asas e atinge-nos de frente como um comboio com aquele timbre único, inconfundÃvel e algo masculino.
Para além da Sónia acabei por me render a toda a banda. Eles sabem fazer a festa. Vê-se que adoram o que fazem, entregam-se para nos fazer também felizes.
Todas as fotos aqui.
Pois é. Tinha ele 12 anos e tinha ido ao Columbia Auditorium com um amigo, em busca de pipocas e doces grátis. Quando saiu, a sua bicicleta vermelha e branca não estava onde a tinha deixado.
Desolado, procurou um polÃcia e disseram-lhe que estava um na cave do edifÃcio. E lá encontrou Joe Martin, o polÃcia que era também treinador de boxe e que dirigia um centro de treinos naquela cave. Muhammad (então Cassius) manifestou a vontade que tinha de bater no ladrão, e Joe disse-lhe, cheio de sabedoria, que era melhor que antes aprendesse a lutar.
Foi seu treinador durante 6 anos. Por causa de uma bicicleta roubada e das roldanas do destino todas alinhadas, naquele momento nascia uma lenda.
Desolado, procurou um polÃcia e disseram-lhe que estava um na cave do edifÃcio. E lá encontrou Joe Martin, o polÃcia que era também treinador de boxe e que dirigia um centro de treinos naquela cave. Muhammad (então Cassius) manifestou a vontade que tinha de bater no ladrão, e Joe disse-lhe, cheio de sabedoria, que era melhor que antes aprendesse a lutar.
Foi seu treinador durante 6 anos. Por causa de uma bicicleta roubada e das roldanas do destino todas alinhadas, naquele momento nascia uma lenda.
Kasatka morreu no passado dia 15 de agosto. Foi finalmente eutanasiada - estava doente desde 2008. No entretanto, foi usada como parideira e como entretenimento mórbido para quem a quisesse ver no SeaWorld de São Diego.
Foi capturada muito jovem - mal teve tempo de conhecer o oceano. A sua casa. De onde os humanos sedentos de dólares a tiraram sem se importarem minimamente com o seu bem-estar. Passou do interminável oceano, cheio de sal, espaço, alimento, liberdade, para um tanque. Teve filhos, e foi-lhe administrado Valium para aguentar a perda dos que foram transferidos para outros tanques...
Quem pagou bilhete para a ver, e às outras orcas, no SeaWorld, alimentou uma das indústrias mais negras - a do cativeiro. A que, por meros minutos de entretenimento, priva os animais de uma vida em pleno. Em nome do dinheiro, apenas e só. É apenas mais um passo na direcção da destruição do planeta - das espécies, dos habitats, e da alma humana. Os animais não estão no mundo para nos arrancar umas palminhas, e isto tem de acabar.
Quem leva as criancinhas ao Zoomarine ou aos espetáculos de golfinhos do Jardim Zoológico está a fazer precisamente o mesmo. Para vossa informação, os golfinhos não estão a sorrir. Assim parece, mas é apenas a sua fisionomia. Eles pertencem aos rios e aos mares, e vivem numa piscina. Desenganem-se os que pensam que ali eles são felizes - são apenas escravos. Podem argumentar que são bem tratatos, alimentados, que têm os cuidados de saúde de que necessitam, que para eles vai dar ao mesmo. São prisioneiros, palhaços aquáticos num circo falso que só faz feliz o estúpido humano.
Respeitem a natureza, respeitem os animais, respeitem o planeta. Não colaborem com uma indústria que, como todas as outras, só quer o vosso dinheiro. Só que aqui estão vidas em jogo. Vidas de quem não quer ter nada a ver com a nossa sede de poder.
Descansa em paz, Kasatka, e todos os animais que morreram às nossas sedentas mãos, em cemitérios coloridos disfarçados de sorrisos.
Imaginem o seguinte cenário: num futuro distópico, a poluição e os desastres ecológicos tornaram-se tão imensos e com consequências tão graves, que as mulheres deixaram de ser férteis. As que ainda conseguem ter filhos são uma minoria, e tornam-se no bem mais precioso do planeta. E, como tudo o que é valioso, acaba por ser pervertido e vendido.
Com a tomada de posse de um governo totalitário com bases religiosas, estas mulheres são raptadas, separadas da sua famÃlia, passam a ser propriedade do Estado e levam com uma lavagem cerebral com o objectivo de quererem parir filhos para os outros, de forma a contribuÃrem para o bem maior. São colocadas nas casas de casais abastados com o único objectivo de fornicar com os maridos, sob o olhar e aprovação das suas inférteis esposas, para lhes dar filhos e continuar a popular o planeta.
Portanto, a mulher torna-se num objecto, numa parideira que não tem escolha sobre o seu ventre e que tem de entregar o seu fruto a outra famÃlia, sem olhar para trás. Mas, claro, a consciência está lá, a dor, o sofrimento, a escravidão sexual disfarçada com outro nome.
Há uma realização fabulosa, actores e actrizes fora de série, uma fotografia gigante, uma banda sonora fantástica, e todos os episódios, sem excepção, são de fazer cair o queixo. Para além disso, é daqueles cenários que pode facilmente acontecer. É assustador pensar nisso, mas seja daqui a 50 ou 500 anos, estou convicta de que a infertilidade vai impedir o ser humano de destruir completamente o planeta...
É pesada, Ãntima, forte, visionária, genial, e é, para mim, uma das melhores séries do ano, senão a melhor. A primeira temporada tem 10 episódios - devorei-os de seguida - e foi renovada. Oh joy!
Com a tomada de posse de um governo totalitário com bases religiosas, estas mulheres são raptadas, separadas da sua famÃlia, passam a ser propriedade do Estado e levam com uma lavagem cerebral com o objectivo de quererem parir filhos para os outros, de forma a contribuÃrem para o bem maior. São colocadas nas casas de casais abastados com o único objectivo de fornicar com os maridos, sob o olhar e aprovação das suas inférteis esposas, para lhes dar filhos e continuar a popular o planeta.
Portanto, a mulher torna-se num objecto, numa parideira que não tem escolha sobre o seu ventre e que tem de entregar o seu fruto a outra famÃlia, sem olhar para trás. Mas, claro, a consciência está lá, a dor, o sofrimento, a escravidão sexual disfarçada com outro nome.
Há uma realização fabulosa, actores e actrizes fora de série, uma fotografia gigante, uma banda sonora fantástica, e todos os episódios, sem excepção, são de fazer cair o queixo. Para além disso, é daqueles cenários que pode facilmente acontecer. É assustador pensar nisso, mas seja daqui a 50 ou 500 anos, estou convicta de que a infertilidade vai impedir o ser humano de destruir completamente o planeta...
É pesada, Ãntima, forte, visionária, genial, e é, para mim, uma das melhores séries do ano, senão a melhor. A primeira temporada tem 10 episódios - devorei-os de seguida - e foi renovada. Oh joy!
No livro "Amores e Saudades de Um Português Arreliado", de Miguel Esteves Cardoso, aprendi não só qual é a palavra mais sucinta do mundo, mas também que existe um recorde do Guinness para este feito.
E sem mais demoras, a palavra mais sucinta do mundo é...
Mamihlapinatapai
Vem do yagán, uma das lÃnguas indÃgenas da Terra do Fogo, e ganhou o prémio porque é de difÃcil tradução e só é possÃvel fazê-lo recorrendo a muitas palavras, em qualquer outra lÃngua. O seu significado abreviado: aquele olhar partilhado entre duas pessoas que têm um desejo comum mas nenhuma delas dá o primeiro passo. Portanto, quando estiverem nessa situação já podem quebrar o gelo e mencionar que estão num estado de Mamihlapinatapai, decerto vai quebrar todas as barreiras e fazer de vós sabedores mui sexy...
E sem mais demoras, a palavra mais sucinta do mundo é...
Mamihlapinatapai
Vem do yagán, uma das lÃnguas indÃgenas da Terra do Fogo, e ganhou o prémio porque é de difÃcil tradução e só é possÃvel fazê-lo recorrendo a muitas palavras, em qualquer outra lÃngua. O seu significado abreviado: aquele olhar partilhado entre duas pessoas que têm um desejo comum mas nenhuma delas dá o primeiro passo. Portanto, quando estiverem nessa situação já podem quebrar o gelo e mencionar que estão num estado de Mamihlapinatapai, decerto vai quebrar todas as barreiras e fazer de vós sabedores mui sexy...
Ter um emprego. Mal pago para a pressão e as horas que trabalhas. Com colegas de merda que, se escolhesses, nunca os terias na tua vida. Conversas de merda, bocas de merda, horário de merda. Andaste a estudar para isto? Parece que sim. Sairás alguma vez deste ciclo? Pode ser que sim, mas muito provavelmente, não. Tal como os teus pais ainda têm um emprego de merda, tu também continuarás nessa sopa.
Porque tens contas para pagar, animais ou filhos à tua responsabilidade, uma hipoteca de uma casa mal situada difÃcil de vender. Não podes simplesmente deixar tudo para trás e percorrer o mundo como vês de vez em quando nas notÃcias que alguém faz. Invejas secretamente o filho da puta e acedes ao site do teu banco para ver se alguém se enganou e transferiu alguns milhares para a tua conta. Mas não. Continuas com o saldo para pagar as contas assim rés-vés-campo-de-ourique. Vá lá, este mês não está a negativo. Nem tudo é mau.
Queres ocupar o pouco tempo livre com algo importante. Mas os teus amigos têm a vida deles e deixaste de estar incluÃdo. Já não aguentas o ginásio e as corridas como antigamente - aquela dor no joelho que não passa e a coluna deformada das horas que passas sentado ao computador. Ler é cada vez mais difÃcil com a miopia a aumentar. Ir para a praia implica dinheiro, e este mês já está tudo contado. Nem podes dar uma bufa fora do sÃtio. E o dentista vai ter de ficar para o mês que vem. Ou para o outro. Resta-te o sofá, a televisão, e a tua própria desanimada companhia.
Olhas-te ao espelho. Já não és o mesmo. A pele manchada, os cabelos brancos que teimam em espreitar, as rugas inevitáveis. Lembras-te como as ganhaste? Valeu a pena? Contam histórias bonitas, como dizem nos anúncios? Não. Cambada de tretas. Nem deste pelo tempo passar. Os cabelos brancos foram todos ganhos a aturar as merdas do teu chefe e os gritos da tua ex-mulher. As rugas, a franzir os olhos para olhar para o computador, tentando compensar a crescente falta de vista.
Queres agarrar-te às coisas boas, mas agora tudo é responsabilidade e maturidade. A melhor coisa que tens ainda é a merda da rotina que, pelo menos, te faz levantar o cu da cama todas as manhãs. E quando isso é a melhor coisa que tens, bem podes ver a vida de merda que é a tua.
De vez em quando sentes o sol na pele, ouves os pássaros e sentes a brisa na fronha. Mergulhas na música, e na pintura, e num texto que te atingiu como um tiro bom. Vês um filme que te toca, lês um livro que mexe contigo. Mas são apenas momentos. Fazes por esticá-los e prolongar essa sensação, mas é rapidamente esmagada sob o peso da vida adulta. Tentas partilhar o que sentes com alguém, mas espetam-te com uma frase feita cheia de moralismo que não te diz um cu.
Ainda por cima, não és suficiente bom para nada. Não correspondes às expectativas de ninguém. Estás sempre a fazer tudo errado. Para o teu chefe, para a tua ex-mulher, para os teus pais, para os teus filhos, para a sociedade. Fazes tudo mal. Todas as tuas escolhas estão todas erradas. Deves ter defeito. Todos te saltam em cima. Se calhar és apenas um erro de cálculo. Um espermatozóide que só deve ter chegado à meta porque os outros desistiram.
Merda para a vida adulta. O nosso tempo por cá é tão curto e não passa de uma prisão, de um presente envenenado. Onde preencho os papéis para voltar atrás? Ou então para o "que se foda". Também pode ser.
Porque tens contas para pagar, animais ou filhos à tua responsabilidade, uma hipoteca de uma casa mal situada difÃcil de vender. Não podes simplesmente deixar tudo para trás e percorrer o mundo como vês de vez em quando nas notÃcias que alguém faz. Invejas secretamente o filho da puta e acedes ao site do teu banco para ver se alguém se enganou e transferiu alguns milhares para a tua conta. Mas não. Continuas com o saldo para pagar as contas assim rés-vés-campo-de-ourique. Vá lá, este mês não está a negativo. Nem tudo é mau.
Queres ocupar o pouco tempo livre com algo importante. Mas os teus amigos têm a vida deles e deixaste de estar incluÃdo. Já não aguentas o ginásio e as corridas como antigamente - aquela dor no joelho que não passa e a coluna deformada das horas que passas sentado ao computador. Ler é cada vez mais difÃcil com a miopia a aumentar. Ir para a praia implica dinheiro, e este mês já está tudo contado. Nem podes dar uma bufa fora do sÃtio. E o dentista vai ter de ficar para o mês que vem. Ou para o outro. Resta-te o sofá, a televisão, e a tua própria desanimada companhia.
Olhas-te ao espelho. Já não és o mesmo. A pele manchada, os cabelos brancos que teimam em espreitar, as rugas inevitáveis. Lembras-te como as ganhaste? Valeu a pena? Contam histórias bonitas, como dizem nos anúncios? Não. Cambada de tretas. Nem deste pelo tempo passar. Os cabelos brancos foram todos ganhos a aturar as merdas do teu chefe e os gritos da tua ex-mulher. As rugas, a franzir os olhos para olhar para o computador, tentando compensar a crescente falta de vista.
Queres agarrar-te às coisas boas, mas agora tudo é responsabilidade e maturidade. A melhor coisa que tens ainda é a merda da rotina que, pelo menos, te faz levantar o cu da cama todas as manhãs. E quando isso é a melhor coisa que tens, bem podes ver a vida de merda que é a tua.
De vez em quando sentes o sol na pele, ouves os pássaros e sentes a brisa na fronha. Mergulhas na música, e na pintura, e num texto que te atingiu como um tiro bom. Vês um filme que te toca, lês um livro que mexe contigo. Mas são apenas momentos. Fazes por esticá-los e prolongar essa sensação, mas é rapidamente esmagada sob o peso da vida adulta. Tentas partilhar o que sentes com alguém, mas espetam-te com uma frase feita cheia de moralismo que não te diz um cu.
Ainda por cima, não és suficiente bom para nada. Não correspondes às expectativas de ninguém. Estás sempre a fazer tudo errado. Para o teu chefe, para a tua ex-mulher, para os teus pais, para os teus filhos, para a sociedade. Fazes tudo mal. Todas as tuas escolhas estão todas erradas. Deves ter defeito. Todos te saltam em cima. Se calhar és apenas um erro de cálculo. Um espermatozóide que só deve ter chegado à meta porque os outros desistiram.
Merda para a vida adulta. O nosso tempo por cá é tão curto e não passa de uma prisão, de um presente envenenado. Onde preencho os papéis para voltar atrás? Ou então para o "que se foda". Também pode ser.
Margem sul, fim de tarde. Eu e o meu namorado estávamos à janela, e ele diz: "vai ali um gajo com o cu de fora". Pensei que fosse uma partida e que quando virasse a cara ele ia dar-me um carolo. Mas não. Do outro lado da rua passava um homem com peso a mais e com os calções de banho puxados para baixo, com o rabo ao léu. Ia claramente com uma bezana do caraças, com a cabeça baixa e apontada para a frente, dando marradas ao ar como se fosse um touro enraivecido que tivesse acabado de fumar uma depois de beber Red Bull.
Dava corridinhas e depois abrandava, cambaleava, num vai-não-vai que indicava que ia cair de boca a qualquer momento, sempre com o cu gorduroso de fora.
Até que se enfiou no meio de uns prédios e desapareceu. Não sei se para nadar no próprio vómito, ou se afinal foi apenas uma crise de diarreia, e todos sabemos como estas enlouquecem um gajo.
Margem sul <3
Dava corridinhas e depois abrandava, cambaleava, num vai-não-vai que indicava que ia cair de boca a qualquer momento, sempre com o cu gorduroso de fora.
Até que se enfiou no meio de uns prédios e desapareceu. Não sei se para nadar no próprio vómito, ou se afinal foi apenas uma crise de diarreia, e todos sabemos como estas enlouquecem um gajo.
Margem sul <3
"- Ele disse que na prisão em Istambul só dão um pedaço de pão e uma tigela de arroz por dia - disse Leyla, e antes de Melik poder protestar mais acrescentou uma das panaceias favoritas do marido: - Honramos o hóspede e ajudamos quem tem problemas. Nenhuma obra de caridade fica sem recompensa no ParaÃso."
in Um Homem Muito Procurado, de John Le Carré (2008)
pa·na·cei·a
substantivo feminino
1. Pretenso remédio universal para todos os males fÃsicos e morais.
2. [Figurado] Tudo aquilo que se considerava válido para resolver qualquer problema.
3. [Botânica] Planta da famÃlia das solanáceas.
Ora, panaceia, palavra antes desconhecida que no sentido da frase até se entende. É assim tipo chá de camomila, uma suposta cura para todos os males. Neste caso, uma frase feita do marido da senhora que era quase um hino que justificava tudo. Também costumo usar umas panaceias, que se podem resumir num grande "foda-se, agora já tá" ou, também, o meu preferido "não mata, engorda."
in Um Homem Muito Procurado, de John Le Carré (2008)
pa·na·cei·a
substantivo feminino
1. Pretenso remédio universal para todos os males fÃsicos e morais.
2. [Figurado] Tudo aquilo que se considerava válido para resolver qualquer problema.
3. [Botânica] Planta da famÃlia das solanáceas.
Ora, panaceia, palavra antes desconhecida que no sentido da frase até se entende. É assim tipo chá de camomila, uma suposta cura para todos os males. Neste caso, uma frase feita do marido da senhora que era quase um hino que justificava tudo. Também costumo usar umas panaceias, que se podem resumir num grande "foda-se, agora já tá" ou, também, o meu preferido "não mata, engorda."
Ou a ausência de revisor, totalmente. Ou só incompetência. Podemos exigir à população que tenha atenção à maneira como escreve, quando os jornalistas, que deviam servir como exemplo, não sabem escrever? E ninguém repara no erro? Este é só um caso, mas basta uma pequena volta por alguns sites noticiosos para os erros ortográficos e conjugações verbais erradas fazerem as suas aparições.
Portanto, o Cristiano 'ia lesionando-se'. É o mesmo que perguntar - 'o que passou-se'? RidÃculo, não é, Record? Vocês chegam a um bar e perguntam 'o que bebe-se'? E em vez de dizerem 'vai-se andando', dizem 'vai andando-se'. Lá vai o Camões rebolar mais um bocado.
Portanto, o Cristiano 'ia lesionando-se'. É o mesmo que perguntar - 'o que passou-se'? RidÃculo, não é, Record? Vocês chegam a um bar e perguntam 'o que bebe-se'? E em vez de dizerem 'vai-se andando', dizem 'vai andando-se'. Lá vai o Camões rebolar mais um bocado.
O Yves Saint Laurent, cujas apresentações dispensam-se, criou estas coisas que podem ver na imagem em cima. Chamam-se Anya 100 Patch Pump Roller e são basicamente patins de salto alto e estão à venda nas suas lojas de marca pela módica quantia de 2.200€.
Não sei como me sentir em relação a isto. Pelo lado negativo, muitas mulheres vão cair. Pelo lado positivo, muitas mulheres vão cair. E quem é que não gosta da ideia de uma diva se esbardalhar e bater com a cremalheira no chão de cimento? Eu gosto! E se têm 2.200€ para dar por uns sapatos bem que merecem conhecer o asfalto mais de perto.
Venham para cá, descer as nossas sete colinas à velocidade de um Tuk-Tuk, e enfrentar a calçada portuguesa espalhando o Chanel com essas coisas metidas nos pés. Juro que não entendo a moda. Mas esta cliente parece bastante feliz e abastada. O Carlos Costa era gajo para usar isto.
Via DN
Olhem para estes chouriços vegan. Não comem nada de origem animal. Que ar doente. Anémicos, mesmo. E que magrinhos. Olhos cavados, olheiras, má pele, borbulhas. Mal parecidos. Toda a gente sabe que é preciso proteÃna animal para se ser saudável e construir músculo. Toda a gente sabe que para se ser atleta profissional e ser o melhor há que comer franguinho.
Tretas. Estes senhores são alguns dos 32 atletas vegan que ganharam medalhas nos Fit Games, nos EUA, em junho deste ano. Um deles bateu até um recorde mundial. Levantamento de peso, bodybuilding, crossfit ou kettlebell foram algumas das provas em que estes 'fraquitos' ganharam medalhas, 22 delas de primeiro lugar.
Através desta vitória tomei conhecimento da PlantBuilt, uma organização que promove o veganismo e incentiva, aconselha e apoia os atletas que seguem este regime alimentar. E dá gosto olhar para estas fotos. Uma vida sem carne é uma vida sem crueldade, mais saudável, e não existem impedimentos para aqueles que temem as carências de proteÃna, e outras. Todos estão a um passo de o conseguir, basta querer.
Via Vegnews
Milhares de adeptos nos estádios e muitos mais em frente à televisão. São muitos olhos postos nos jogos que acontecem em todo o mundo. Espetar com animais fofinhos por essas casas adentro é uma forma excelente de desenvolver empatia e de servir de mostruário a animais que precisam de uma famÃlia.
E com isto em mente, o clube chileno Colo-Colo entrou em campo com cães que aguardam adopção. É mais do que louvável, é necessário. É destas atitudes que o mundo precisa. O futebol move tantos sentimentos (e muitos negativos e agressivos) e esta é a forma certa de começar um jogo - com lambidelas e a promover amigos para toda a vida sob os holofotes e câmaras.
Acredito num cenário em que as causas terão um lugar efectivo no desporto, onde as pessoas veem nos atletas heróis e exemplos a seguir e onde a alta exposição e divulgação é inevitável. Entrar em campo com crianças pela mão é muito giro, mas é só. Isto é necessário, é serviço público. Palmas e obrigado ao Colo-Colo!
E com isto em mente, o clube chileno Colo-Colo entrou em campo com cães que aguardam adopção. É mais do que louvável, é necessário. É destas atitudes que o mundo precisa. O futebol move tantos sentimentos (e muitos negativos e agressivos) e esta é a forma certa de começar um jogo - com lambidelas e a promover amigos para toda a vida sob os holofotes e câmaras.
Acredito num cenário em que as causas terão um lugar efectivo no desporto, onde as pessoas veem nos atletas heróis e exemplos a seguir e onde a alta exposição e divulgação é inevitável. Entrar em campo com crianças pela mão é muito giro, mas é só. Isto é necessário, é serviço público. Palmas e obrigado ao Colo-Colo!
Moldura branca 20x15cm com bordado em ponto cruz de um unicórnio ressabiado =) DisponÃvel para venda!
Hoje, dia 2 de agosto, já consumimos os recursos naturais do planeta destinados ao ano todo. O Overshoot Day, como é chamado, tem vindo a acontecer todos os anos cada vez mais cedo. E a larga maioria de nós não consegue ver como isto é preocupante.
Termos esgotado os recursos significa que teremos de desbravar mais terreno, matar mais árvores, alimentar mais gado, arrancar mais peixe do mar, gastar mais energia, e muito mais, sobrecarregando o nosso planeta já de si tão esgotado.
A médio e longo prazo isto quer dizer que teremos menos floresta, mais poluição, agravamento do aquecimento global, menos qualidade de vida, destruição de habitats e espécies animais e, basicamente, toda a nossa vida será afectada. Vai haver fome, regiões que morrerão por falta de água e outras por excesso, ar irrespirável, propagação de doenças, temperaturas insuportáveis e, podem crer, muitas mortes. Ainda para mais, a natureza vai rebelar-se, podem ter a certeza.
A este ritmo, as organizações ambientais prevêem que em 2030 precisaremos dos recursos equivalentes a dois planetas (!), e como só temos um já podem ver o que vai acontecer. Em 2030 a maioria de nós ainda vai andar por cá, se sobrevivermos, e nessa altura vamos sentir na pele todas as consequências e desejar ter feito alguma coisa. E podemos fazer tantas pequenas coisas...
- Reutilizar: mais do que reciclar, reutilizar é o mais importante. Tudo, desde sacos, frascos, tupperwares, caixas, papel de embrulho, garrafas, roupa... vamos dar um maior tempo de vida a tudo o que temos!
- Evitar óleo de palma: a produção de óleo de palma é um dos principais motivos da desflorestação. Não custa nada evitar produtos que o contenham - basta ler os rótulos e procurar alternativas mais sustentáveis. A parte má é que está presente em quase todo o tipo de produtos alimentares, por isso muita atenção.
- Reduzir o consumo de carne: não há volta a dar, a agricultura é a actividade que mais impacto tem no ambiente (mais do que os meios de transporte!). Há montes de estudos e documentários sobre isso, basta uma pequena pesquisa para perceber o seu terrÃvel impacto. Tendo abolido a carne da minha vida posso adiantar que foi a melhor decisão que tomei em todos os sentidos, incluindo para a saúde. Os cépticos que não querem saber pelo menos podiam estipular um dia por semana para não comerem alimentos de origem animal, e acreditem, já teria um impacto descomunal.
- Deixar de ser preguiçoso: não pegar no carro por tudo e por nada, andar mais a pé, usar transportes públicos, andar de bicicleta. A saúde agradece, também.
- Deixar de ser porcos: dá dó ir à praia e ver tudo sujo; mete nojo fazer uma caminhada na floresta e ver sacos de batatas fritas; as cidades estão repletas de sujidade... Somos racionais, mas bem pouco. Vamos lá deixar de ser porcos.
- Não procriar como se não houvesse amanhã: vá lá, nada disto estaria a acontecer se as pessoas não se reproduzissem como loucas. A população aumenta... Os recursos reduzem. É lógico. Não ter filhos ou ter poucos filhos é ser responsável. É garantir um futuro para os que ficam. É sair da esfera do egoÃsmo, deixar de olhar para o próprio umbigo e para as suas próprias necessidades de perpetuar o nome da famÃlia. Não vai haver mundo, nem famÃlia, se continuarem a parir desse jeito.
- Reduzir o desperdÃcio: de tudo. De água, tomando duches rápidos, só pondo a máquina a lavar completamente cheia ou não consumindo água engarrafada; de luz, poupando ao máximo, desligando os equipamentos em vez de os colocar em standby e utilizando lâmpadas económicas; de plástico, usando canecas para tirar café no trabalho, em vez de usar copos de plástico todos os dias; de gasóleo, de comida, tudo.
Tudo isto parece senso comum mas infelizmente não é. Se continuarem de boca cheia a chamar os ambientalistas e cientistas de loucos, os vossos filhos não terão um planeta para viver. Quem sabe, nós já não teremos um planeta até ao fim da nossa vida. Seremos a causa da nossa própria extinção. Vamos lá inverter isto. Podem ser pequenas coisas, mas... One giant step to mankind... Está nas nossas mãos.
Termos esgotado os recursos significa que teremos de desbravar mais terreno, matar mais árvores, alimentar mais gado, arrancar mais peixe do mar, gastar mais energia, e muito mais, sobrecarregando o nosso planeta já de si tão esgotado.
A médio e longo prazo isto quer dizer que teremos menos floresta, mais poluição, agravamento do aquecimento global, menos qualidade de vida, destruição de habitats e espécies animais e, basicamente, toda a nossa vida será afectada. Vai haver fome, regiões que morrerão por falta de água e outras por excesso, ar irrespirável, propagação de doenças, temperaturas insuportáveis e, podem crer, muitas mortes. Ainda para mais, a natureza vai rebelar-se, podem ter a certeza.
A este ritmo, as organizações ambientais prevêem que em 2030 precisaremos dos recursos equivalentes a dois planetas (!), e como só temos um já podem ver o que vai acontecer. Em 2030 a maioria de nós ainda vai andar por cá, se sobrevivermos, e nessa altura vamos sentir na pele todas as consequências e desejar ter feito alguma coisa. E podemos fazer tantas pequenas coisas...
- Reutilizar: mais do que reciclar, reutilizar é o mais importante. Tudo, desde sacos, frascos, tupperwares, caixas, papel de embrulho, garrafas, roupa... vamos dar um maior tempo de vida a tudo o que temos!
- Evitar óleo de palma: a produção de óleo de palma é um dos principais motivos da desflorestação. Não custa nada evitar produtos que o contenham - basta ler os rótulos e procurar alternativas mais sustentáveis. A parte má é que está presente em quase todo o tipo de produtos alimentares, por isso muita atenção.
- Reduzir o consumo de carne: não há volta a dar, a agricultura é a actividade que mais impacto tem no ambiente (mais do que os meios de transporte!). Há montes de estudos e documentários sobre isso, basta uma pequena pesquisa para perceber o seu terrÃvel impacto. Tendo abolido a carne da minha vida posso adiantar que foi a melhor decisão que tomei em todos os sentidos, incluindo para a saúde. Os cépticos que não querem saber pelo menos podiam estipular um dia por semana para não comerem alimentos de origem animal, e acreditem, já teria um impacto descomunal.
- Deixar de ser preguiçoso: não pegar no carro por tudo e por nada, andar mais a pé, usar transportes públicos, andar de bicicleta. A saúde agradece, também.
- Deixar de ser porcos: dá dó ir à praia e ver tudo sujo; mete nojo fazer uma caminhada na floresta e ver sacos de batatas fritas; as cidades estão repletas de sujidade... Somos racionais, mas bem pouco. Vamos lá deixar de ser porcos.
- Não procriar como se não houvesse amanhã: vá lá, nada disto estaria a acontecer se as pessoas não se reproduzissem como loucas. A população aumenta... Os recursos reduzem. É lógico. Não ter filhos ou ter poucos filhos é ser responsável. É garantir um futuro para os que ficam. É sair da esfera do egoÃsmo, deixar de olhar para o próprio umbigo e para as suas próprias necessidades de perpetuar o nome da famÃlia. Não vai haver mundo, nem famÃlia, se continuarem a parir desse jeito.
- Reduzir o desperdÃcio: de tudo. De água, tomando duches rápidos, só pondo a máquina a lavar completamente cheia ou não consumindo água engarrafada; de luz, poupando ao máximo, desligando os equipamentos em vez de os colocar em standby e utilizando lâmpadas económicas; de plástico, usando canecas para tirar café no trabalho, em vez de usar copos de plástico todos os dias; de gasóleo, de comida, tudo.
Tudo isto parece senso comum mas infelizmente não é. Se continuarem de boca cheia a chamar os ambientalistas e cientistas de loucos, os vossos filhos não terão um planeta para viver. Quem sabe, nós já não teremos um planeta até ao fim da nossa vida. Seremos a causa da nossa própria extinção. Vamos lá inverter isto. Podem ser pequenas coisas, mas... One giant step to mankind... Está nas nossas mãos.