Aqui está uma prendinha engraçada para um fã de uma das mais populares bandas de heavy metal do planeta! Acabado com um bastidor de 13cm de diâmetro, em bambu, está pronto a pendurar. DisponÃvel para encontrar novo dono :)
Hoje vi esta notÃcia. Basicamente, a McDonald's nos EUA vai, até 2020, substituir toda a mão-de-obra humana por ecrãs de led's no atendimento. Isto porque o aumento do salário mÃnimo está, pelos vistos, a inviabilizar a contratação de pessoal e há que reduzir custos... E se pensam que isto acontece apenas ao balcão, está a ser desenvolvido, por exemplo, o robô Flippy, que vira hamburgueres. Não demorará a existir um que tire as batatas do óleo e meta sal, até parece uma operação bastante simples para quem pôs um foguetão na lua.
É claro que as consequências sociais são mais que muitas, especialmente na empregabilidade jovem. Metade dos trabalhadores com ordenado mÃnimo são jovens entre os 16 e os 24 anos e é o primeiro emprego de muitos deles. São milhares e milhares postos de trabalho que se extinguem e, visto que o exemplo vai ser seguido por outras cadeias, estamos a falar de números preocupantes.
E se pensarmos que estamos a falar de uma das maiores marcas do planeta, com lucros astronómicos e que nem eles estão dispostos a pagar um mÃsero ordenado mÃnimo, o que esperar das outras empresas?
A tecnologia faz muito por nós e facilita-nos a vida mas também está a estragá-la. Este é apenas um exemplo de que como a evolução tratou de rebaixar o trabalho humano, e veremos disto cada vez mais. Não admira que já pouco se deseje os bons dias, que haja cada vez menos empatia e simpatia. Passamos o dia colados a aparelhos electrónicos - olhamos para eles, falamos para eles, trabalhamos com eles, interagimos, damos ordens, registamos, confirmamos e com eles acordamos.
Deixamos de saber falar cara a cara com os outros, pedir e agradecer, olhar e sorrir, porque os pixeis e os 0 e 1's não nos exigem grande coisa. A vida está a aproximar-se daqueles cenários que vemos em filmes futuristas ou em séries do género Black Mirror, e é assustador. O mundo está a mudar e acho que não é para melhor.
É claro que as consequências sociais são mais que muitas, especialmente na empregabilidade jovem. Metade dos trabalhadores com ordenado mÃnimo são jovens entre os 16 e os 24 anos e é o primeiro emprego de muitos deles. São milhares e milhares postos de trabalho que se extinguem e, visto que o exemplo vai ser seguido por outras cadeias, estamos a falar de números preocupantes.
E se pensarmos que estamos a falar de uma das maiores marcas do planeta, com lucros astronómicos e que nem eles estão dispostos a pagar um mÃsero ordenado mÃnimo, o que esperar das outras empresas?
A tecnologia faz muito por nós e facilita-nos a vida mas também está a estragá-la. Este é apenas um exemplo de que como a evolução tratou de rebaixar o trabalho humano, e veremos disto cada vez mais. Não admira que já pouco se deseje os bons dias, que haja cada vez menos empatia e simpatia. Passamos o dia colados a aparelhos electrónicos - olhamos para eles, falamos para eles, trabalhamos com eles, interagimos, damos ordens, registamos, confirmamos e com eles acordamos.
Deixamos de saber falar cara a cara com os outros, pedir e agradecer, olhar e sorrir, porque os pixeis e os 0 e 1's não nos exigem grande coisa. A vida está a aproximar-se daqueles cenários que vemos em filmes futuristas ou em séries do género Black Mirror, e é assustador. O mundo está a mudar e acho que não é para melhor.
Quem tem mais de 30 anos há-de ter visto, pelo menos umas cinco vezes, o Karaté Kid. É daqueles clássicos que já passou centenas de vezes na televisão, e tornou-se um dos pilares da cultura popular. Quem nunca imitou, em gaiato, aquele pontapé mortÃfero do Daniel? Eu já. Ainda ontem. E há alguém que viva debaixo de uma pedra e desconheça o significado de wax on, wax off?
Ora o mÃtico filme é de 1984 (ainda não era nascida!) e por isso é muito curioso que agora, em 2018, tenha saÃdo a série Cobra Kai, exactamente com os mesmos dois actores antagonistas no filme - o que interpretou Daniel (Ralph Macchio) e o seu rival Johnny (William Zabka).
A trama passa-se exactamente 34 anos depois. O vencedor que apoiámos em 1984 é agora pai de famÃlia, dono de uma lucrativa empresa de automóveis, vive bem, numa casa enorme, tenta promover bons valores morais e é um pilar na comunidade. Já Johnny, cuja derrota testemunhámos, é um homem divorcidado, sozinho, que se dá mal com o filho, sem emprego, sem nenhumas perspectivas, alcóolico, e com má fama.
É claro que o destino dita que estes rivais de outrora se tornem rivais novamente por outras e peculiares razões. As suas vidas vão cruzar-se e estes homens, agora adultos, vão reviver toda a rivalidade de antigamente através deles próprios e das suas famÃlias e amigos.
É uma série de comédia produzida pelo Youtube e dá para, ao mesmo tempo, largar umas boas gargalhadas, enquanto se deixa o saudosismo entrar. As músicas dos anos 80, as imagens do filme original que nos vão sendo re-apresentadas em momentos-chave, e ver as marcas da passagem do tempo nestes actores que fizeram parte do nosso crescimento, é priceless.
Ora o mÃtico filme é de 1984 (ainda não era nascida!) e por isso é muito curioso que agora, em 2018, tenha saÃdo a série Cobra Kai, exactamente com os mesmos dois actores antagonistas no filme - o que interpretou Daniel (Ralph Macchio) e o seu rival Johnny (William Zabka).
A trama passa-se exactamente 34 anos depois. O vencedor que apoiámos em 1984 é agora pai de famÃlia, dono de uma lucrativa empresa de automóveis, vive bem, numa casa enorme, tenta promover bons valores morais e é um pilar na comunidade. Já Johnny, cuja derrota testemunhámos, é um homem divorcidado, sozinho, que se dá mal com o filho, sem emprego, sem nenhumas perspectivas, alcóolico, e com má fama.
É claro que o destino dita que estes rivais de outrora se tornem rivais novamente por outras e peculiares razões. As suas vidas vão cruzar-se e estes homens, agora adultos, vão reviver toda a rivalidade de antigamente através deles próprios e das suas famÃlias e amigos.
É uma série de comédia produzida pelo Youtube e dá para, ao mesmo tempo, largar umas boas gargalhadas, enquanto se deixa o saudosismo entrar. As músicas dos anos 80, as imagens do filme original que nos vão sendo re-apresentadas em momentos-chave, e ver as marcas da passagem do tempo nestes actores que fizeram parte do nosso crescimento, é priceless.
Eu nunca durmo sestas. Nunca. Mas aconteceu, porque foi uma sesta que se fez às 07h da madrugada e a coisa deu-se. E apesar de ter sido coisa de apenas meia-hora, deu para sonhar coisas parvas.
Ora eu tinha ido de viagem a Londres. Eu e os meus amigos não conseguimos quarto conjunto e tivemos de nos espalhar por vários quartos com camas livres. Foi assim que me vi com um companheiro de quarto. Quando vi o meu, um rapaz alto, de barba, tatuado, soube que o conhecia de qualquer lado mas não me lembrava de onde. Ele saiu do quarto e eu feita cusca fui abrir o armário dele.
E pronto, fez-se luz. Estava lá o equipamento do moço com o sÃmbolo do FC Porto, as luvas, peúgas, chuteiras, joelheiras, que me fizeram reconhecê-lo como o José Sá, guarda-redes do clube. Não sei porque estaria ele a usar um armário de um hostel em Londres para guardar equipamento, mas sei que não foi a única coisa que lá encontrei. O meu nariz experiente disse-me que havia algo mais, et voilá, desenrolei umas peúgas e encontrei erva.
Tudo arrumado, aguardei pelo retorno do craque e fiz conversa fiada para ver se ele me acharia simpática ao ponto de dividir comigo tal iguaria. Mas não. Cagou de alto para a minha pessoa, talvez cheirando também algo mais, por exemplo, que sou sócia de clube lisboeta. Trágico.
Ora eu tinha ido de viagem a Londres. Eu e os meus amigos não conseguimos quarto conjunto e tivemos de nos espalhar por vários quartos com camas livres. Foi assim que me vi com um companheiro de quarto. Quando vi o meu, um rapaz alto, de barba, tatuado, soube que o conhecia de qualquer lado mas não me lembrava de onde. Ele saiu do quarto e eu feita cusca fui abrir o armário dele.
E pronto, fez-se luz. Estava lá o equipamento do moço com o sÃmbolo do FC Porto, as luvas, peúgas, chuteiras, joelheiras, que me fizeram reconhecê-lo como o José Sá, guarda-redes do clube. Não sei porque estaria ele a usar um armário de um hostel em Londres para guardar equipamento, mas sei que não foi a única coisa que lá encontrei. O meu nariz experiente disse-me que havia algo mais, et voilá, desenrolei umas peúgas e encontrei erva.
Tudo arrumado, aguardei pelo retorno do craque e fiz conversa fiada para ver se ele me acharia simpática ao ponto de dividir comigo tal iguaria. Mas não. Cagou de alto para a minha pessoa, talvez cheirando também algo mais, por exemplo, que sou sócia de clube lisboeta. Trágico.
"Tivemos uma espécie de jantar perfunctório juntos e penso que nos animou a todos um pouco. Era talvez o calor puramente animal da comida para pessoas esfomeadas, pois nenhum de nós comera qualquer coisa desde o pequeno-almoço, ou a noção de companheirismo talvez nos ajudasse, mas de qualquer maneira estamos todos menos infelizes e encarávamos o futuro não totalmente sem esperança."
in Dracula, de Bram Stoker (1897)
per·func·tó·ri·o
(latim perfunctorius, -a, -um, leve, superficial)
adjectivo
1. Que dura pouco. = LEVE, PASSAGEIRO
2. Que é pouco importante ou pouco aprofundado. = LIGEIRO, SUPERFICIAL
3. Que se faz só por se dizer que se fez, e não por necessidade ou com algum fim útil.
in Dicionário Priberam da LÃngua Portuguesa
Tantas a tantas vezes aconteceu. Fazer algo só por fazer. Não é que apeteça, mas porque tem de ser, ou para nos dar a sensação de dever cumprido, ou para ficarmos em paz connosco e / ou com os outros. Ora isso tem um nome - perfunctório. Aquelas vezes em que nem apetece abrir a boca mas obrigamo-nos a comer porque sim; aquele dia em que estamos mal e sabemos que não vamos fazer nada de jeito no trabalho mas seguimos em frente pela obrigação; aquela visita que não apetece fazer mas faz-se, por especial favor. Assim como tudo o que é passageiro ou pouco importante também é perfunctório - logo, a perfunctoriedade (?) rodeia-nos todo o dia, todos os dias, não fosse o Homem um animal demasiado racional que passa demasiado tempo, infelizmente, em torno do que não merece atenção.
Os Belako são uma banda que apareceu pelo meu Spotify. Ouvi algumas músicas e achei a sonoridade bastante agradável, com influência palpável dos anos 80 e que faz lembrar um pouco Joy Division, Sonic Youth ou The Clash. Tudo coisas porreiras, portanto. Estão algures ali entre o rock indie e o post-punk e dão vontade de tirar o pé do chão à primeira audição. Prometo.
Fiquei bastante surpreendida quando percebi que são espanhóis. Não é muito normal os nuestros hermanos exportarem este tipo de som, mas também os meus conhecimentos são muito limitados e provavelmente estou errada. Decerto a minha estranheza deu-se porque falam bom inglês... Foi uma boa descoberta, de qualquer maneira.
É claro que não podia deixar de destacar uma banda cuja voz principal é de uma mulher. Supreendemente, não me irrita. A voz de Lore Nekane Billelabeitia salta directamente para o meu parco repertório de gajas que suporto ouvir. Embora, atenção, toda a banda participe nos vocals. Mas gosto mais dela. A música em baixo é para ouvir de olhos fechados.
Finalmente vi o filme vencedor dos Oscares deste ano. Andava a adiar porque não me parecia que fosse gostar, mas enganei-me.
A história passa-se nos anos 60 e segue uma empregada de limpeza, Elisa, que trabalha num laboratório secreto do governo. Ela é muda e há poucos que a entendam - um vizinho e uma colega são os únicos a quem pode chamar de amigos. Um dia, o laboratório recebe um estranho ser que foi capturado - uma espécie de peixe mas com forma humana. Nunca se viu nada igual, e como tudo o que o ser humano desconhece, desrespeita.
Os investigadores, e principalmente Strickland, o chefe de segurança responsável pelo "homem-peixe", tratam-no abaixo de cão. Em vez de o estudar para o perceber e quem sabe ajudar à evolução, só pensa em domá-lo, infringindo-lhe dor para mostrar quem manda. Acontece que Elisa, que se viu sozinha com a criatura enquanto realizava as suas tarefas, começou a criar uma relação com ele. É uma coisa que surge e evolui naturalmente. Os dois vão dizendo coisas no silêncio das vozes que não têm, construindo uma comovente intimidade através dos gestos ou do som da música.
Quando Elisa sabe que o plano é matar o anfÃbio fica devastada e vai tentar libertá-lo com a ajuda dos seus amigos. É um plano arriscado que tem tudo para correr mal - como libertá-lo de um tanque, transportá-lo e escondê-lo? No entanto, a sua determinação e insistência vão dar origem a momentos imensamente belos e impensáveis.
À partida não é nada o meu género de filme - pode-se dizer que é um conto de fadas erótico, longe da realidade palpável, e eu que gosto de andar com os pés bem assentes no chão tiro o chapéu ao Guillermo Del Toro. Não me imagino a gostar de um filme assim realizado por qualquer outra pessoa. Os mundos e as criaturas que saem da sua mente são brilhantes, e a forma como ele garante que criamos laços com elas é de génio.
Sally Hawkins está fenomenal no papel de Elisa, sendo talvez a interpretação da sua vida. Nota positiva também para Olivia Spencer, Michael Shannon e Richard Jenkins.
Não é um filme perfeito e há cenas que, para mim, são completamente escusadas. Para exemplificar sem spoilar, há uma cena de cantoria que me irritou particularmente. Mesmo assim, é decerto um dos melhores filmes do ano passado, um dos mais poéticos, e que mostra ao mesmo tempo o mais podre e o mais doce que o humano pode ser. Se mereceu ganhar o Oscar, não sei, ainda tenho muito filme para ver, mas um lugar no top 5 penso que é garantido. Recomenda-se.