Temos gente a mais

“Tentei classificar a tua espécie e dei-me conta de que vocês não são de facto mamíferos. Todos os mamíferos neste planeta desenvolvem instintivamente um equilíbrio natural com o ambiente em que vivem, excepto os humanos. Vocês mudam-se para um local e multiplicam-se até que todos os recursos naturais sejam consumidos e a única maneira de sobreviver seja espalharem-se para outra área. Existe outro organismo neste planeta que segue o mesmo padrão. Sabes qual é? Os vírus. Os seres humanos são uma doença, um cancro para este planeta. Vocês são uma praga e eu sou a cura.”

Agente Smith, em diálogo com Morpheus, no filme Matrix

Nos filmes são ditas coisas muito acertadas e é pena que fiquem perdidas no meio de tantas coisas que têm para dizer, mas esta tirada do Agente Smith acertou na mouche.

Somos mais de 7 biliões de pessoas na Terra. Há 50 anos atrás éramos apenas 3 biliões. Há 100 anos éramos 1 bilião. No ano passado, gastámos mais recursos do que o planeta tem para oferecer, o que significa, por exemplo, que ainda mais florestas foram abatidas para que pudéssemos comer. Florestas essas que serão necessárias para respirar.

Temos gente a mais. Reproduzimo-nos, espalhamo-nos e matamos como um vírus, e é isso que somos. Na natureza tudo tem um equilíbrio e nós estragámos isso. A supremacia que achamos ter sobre as outras espécies será o nosso fim. Não existirá comida, ar limpo e água potável para tanta gente. E isto acontecerá mais rapidamente do que pensam. Vais afectar-vos, e talvez sejam os vossos filhos a ver o fim do planeta.

O excesso de população é apenas um dos problemas, mas é um dos grandes. E se não acreditam em mim, atentem nas palavras do Sir David Attenborough, que devem conhecer dos famosos documentários da BBC.