21 de novembro de 2017

Black Butterfly

Neste filme de maio deste ano, Antonio Banderas interpreta Paul, um escritor que vive numa área isolada. Um dia, é ameaçado por um condutor de camião, e um forasteiro, Jack, defende-o. Agradecido, Paul acaba por oferecer ao desconhecido o seu quarto de hóspedes durante o tempo que este precisar.

Paul enfrenta um período menos bom na sua carreira, completamente sem ideias novas para escrever, e Jack, conforme lhe ganha a confiança, estimula-o a continuar e, sobretudo, a manter-se sóbrio, para que se possa tornar um escritor melhor.

No entanto, o passado atormentado do escritor não o deixa pôr a bebida de lado. A convivência com o forasteiro vai atingir um ponto sem retorno quando este começa a ser demasiado intrusivo, a dar-lhe ordens, a dizer-lhe o que pode fazer, a quem deve abrir a porta, e até mesmo o que escrever. Paul apercebe-se que dar-lhe guarida foi um erro e vai tentar remediar a situação pelos próprios meios.

Este filme foi uma bela surpresa - primeiro, porque vemos Banderas fora do seu registo normal dos filmes de ação e aventura; segundo, porque a história é surpreendente e deixa-nos na dúvida até ao fim. Mesmo depois de acabar, ainda temos dúvidas. Não é que seja confuso - mas acontecem coisas inesperadas que nos fazem indagar o que é real ou não.

Jonathan Rhys Meyers está fantástico na pele do forasteiro e a sua óptima prestação faz subir a tensão ao limite e cria também a dúvida se havemos de gostar dele ou não. Mas está tão confortável na sua pele que gostamos de qualquer maneira, mesmo que se revele, ou não, um filho da mãe.

2 comentários:

  1. Faltou dizer que foi o teu namorado que te aconselhou ver o filme :)

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  2. Sim, o meu querido achou que parecia saído da mente do Stephen King e que eu ia gostar :) <3

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