"My body aches from mistakes
Betrayed by lust
We lied to each other so much
That in nothing we trust
How could this be happening to me
I'm lying when I say "Trust me"
I can't believe this is true
Trust hurts
Why does trust equal suffering
Absolutely nothing we trust"
Megadeth - "Trust"
in Cryptic Writings (1997)
Confiar é uma mentira. Se não conhecemos NUNCA, a 100%, quem nos rodeia, como é que podemos confiar? Isso é uma mentira inventada para uns e outros ficarem descansados. O pior é quando nunca se está descansado. Quando se sabe, no fundo, que a confiança vai acabar por ser abalada, uma e outra vez, até não restar mais sanidade ou paciência. Por isso, confiar dói. Corrói os dias que se arrastam sem sabermos o que se passa. Ilude-nos o cérebro, apenas isso. Faz-nos ganhar tempo para o inevitável. Simplesmente, uma pessoa ou é de confiança, ou não. Por mais confiantes que sejamos, se for em relação a uma pessoa que não o merece, o buraco em que nos enfiaremos será muito maior, no fim. Então, mais vale contar já com o pior, especialmente quando sabemos que tal pessoa não é flor que se cheire. Nós tentamos, pensamos que a podemos mudar, mas não, é apenas outra das mentiras que repetimos em frente ao espelho, de manhã, enquanto olhamos para dentro de nós, e pensamos: como é que vim parar a este ponto?
Sem comentários:
Enviar um comentário