Tarantino tem um cantinho especial no meu coração. Não há nada que ele faça que eu não goste. Acho que ele pode ser o irmão que nunca tive já que partilhamos tantos amores, como por litros e litros de sangue a serem despejados, mortes insólitas e hilariantes, personagens cheias de cicatrizes por dentro (muitas vezes também por fora) e bagagem emocional até dizer chega.
O filme "Os Oito Odiados" não foge portanto a nada disto. São três horas deliciosas. Os diálogos são fantásticos. Os actores estão perfeitos, a banda sonora também e o argumento é simplesmente brutal. A dinâmica do filme parece uma peça de teatro e a divisão por capítulos também ajuda a esta percepção. É quase como se fossem duas histórias separadas que se juntam para que tudo faça sentido, com um final apoteótico e alucinado.
Adorei cada personagem, todas elas cheias de traços de personalidade bem marcados que, quando em conflito, originaram situações bem cómicas. Há o negro, que ninguém respeita por ser negro, mas que dá cabo deles todos. Há o caçador de recompensas, que ninguém leva a sério por ser bronco e crédulo. Há o homem que diz que vai ser xerife, mas ninguém acredita nele. Há a mulher que foi acusada de assassínio e que está sempre a levar nas trombas.
E há muito mais. Incluindo as mortes e o sangue que tanto adoro. Para mim não são os odiados, são os adorados. Mas eu cá sou suspeita, não acreditem em nada do que eu digo.
Estou desejosa de ver!
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