Finalmente! Em época de praxes, é de louvar e mandar foguetes ao ar porque há caloiros que foram apanhar batatas para instituições de caridade, num dia em que trocaram as pinturas parvas no corpo, a sujeira, a simulação de posições sexuais e as latas amarradas aos pés por algo que realmente vale a pena.

Não foi a primeira vez que a iniciativa se realizou e até já existe há alguns anos - erro meu que desconhecia esta actividade da Católica Lisbon Business and Economics. Os veteranos e os caloiros unem-se para apanhar as batatas que ficam deixadas nos campos após as colheitas pelos meios mecânicos, e assim combate-se o desperdício e essas "sobras" que ficaram para trás são oferecidas a instituições. Criam-se laços e conhecem-se os colegas enquanto trabalham numa causa nobre. Impecável.

Não concordo nem discordo com as praxes - existem algumas engraçadas e outras abusivas e sem sentido, e é uma discussão que dá pano para mangas. Mas assim é diferente. Se todas, ou quase todas as faculdades propusessem um dia das praxes dedicado a uma actividade humanitária ou social, seria fantástico. Há muitos abrigos de animais, lares de terceira idade, orfanatos ou pessoas carenciadas que iam beneficiar com este tipo de gestos.

E a educação também é isto, também é aqui que se constrói o carácter, não é só marrar e ir a festas.