Sempre fui um bocado reticente em relação à Sónia Tavares - a sonoridade dos The Gift, apesar de no passado ter sido fã do primeiro álbum - tem vindo a evoluir numa direcção que é mais electrónica e pop do que os meus gostos habituais. Por isso, desliguei-me da banda e deixei de prestar atenção.
Até que no dia 13 os vi ao vivo, e há que admiti-lo - a sua voz com rédea solta é qualquer coisa. É boa em estúdio, mas ganha uma dimensão ao vivo capaz de agarrar os mais reticentes (como eu), com uma personalidade poderosa e saltitante em palco trazendo toda a gente para o mesmo comprimento de onda. A voz dela ganha asas e atinge-nos de frente como um comboio com aquele timbre único, inconfundível e algo masculino.
Para além da Sónia acabei por me render a toda a banda. Eles sabem fazer a festa. Vê-se que adoram o que fazem, entregam-se para nos fazer também felizes.
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