Santos 'demasiado' populares

by - quinta-feira, junho 13, 2013

Todos os anos digo e repito a mesma coisa e volto a fazer a mesma asneira, mas desta vez é que é: nunca mais irei aos Santos Populares!
Acabo sempre por ir porque os meus amigos vão, e é raro haver oportunidades para os ver a todos ao mesmo tempo. Mas não dá mais, cansei. Porque:

. A expressão "meter o Rossio da Rua da Bestesga" nunca foi tão literal, humanamente falando. É ridícula a quantidade de gente que anda nas ruas. Aliás, "andar" é ser muito positivo, porque ali dá-se um passinho de bebé a cada minuto. Não compreendo como se pode apreciar uma festa popular quando a cada segundo temos de ter atenção a ver se a bebida não se entorna, se não nos perdemos dos restantes, se não somos assaltados, ou simplesmente conseguir ver onde se está a ir.

. Comer! Eu e os meus esperançosos amigos quisemos comer sentados pela primeira vez nesta festa, e estivemos 1h30 em pé na fila de espera para nos sentar. Já com formigueiros na sola dos pés e um buraco negro do estômago desistimos quando soubemos que havia um grupo de 30 pessoas com reserva para entrar antes de nós, e nem se dignaram a avisar. Acharam que era na boa estarmos à espera em pé mais 2 horas, tranquilos! Sendo assim, optámos por uma singela bifana pela qual "só" esperámos uns 45 minutos.

. O fumo! Andar apertada no meio de uma multidão sem saber por onde se vai e demorar meia hora para percorrer 100 metros já é mau, e ainda se torna pior quando o ar que existe para respirar está impregnado de fumo! Por todo o lado! Eu sou baixinha e no meio daquela gente já estava a sufocar. Quando cheguei a casa e cheirei a minha roupa era uma mistura de cerveja, sangria, suor, febras e sardinhas. Bastante sexy.

Escusado será dizer que mal vi e falei com os meus amigos, porque uns perderam-se, uns não aguentaram mais, uns foram mijar e não conseguiram voltar para o sítio combinado por simplesmente não conseguirem furar a multidão, ou não conseguíamos abrir a boca e levar com a fumarada. O que se ganhou? Bolhas nos pés e paciência esgotada.




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