Sonhos marados #20 - a pilhagem de detergente
Estava eu num supermercado de uma grande superfície com o meu falecido avô, quando todas as luzes se apagam e ficamos completamente às escuras. Nem um pio se ouve, até que as luzes de emergência se acendem, e passamos a ver a secção das massas numa tonalidade azulada de pouca luz.
Nisto as pessoas começam a entrar em pânico a pensar que é um ataque terrorista e gritam, correm, levando consigo pacotes de arroz, esparguete, ração para os bichos, gel de banho, desodorizantes, e tudo o mais. Torna-se numa pilhagem gigante de comida e higiene pessoal.
"Vamos embora antes que nos esmaguem!", digo ao meu avô. E ele responde "Não. Vim aqui comprar detergente para a roupa, não vou embora assim que tenho uma pilha para lavar." "Pega num qualquer e anda!", respondo. "Não", diz ele. "Há aqui uns que deixam a roupa muito seca". Grito, esperneio, mas ele está a ler os rótulos das embalagens e estou quase a perder as estribeiras. Lá escolhe um, e vem calmamente com ele na mão, e em vez de sair de lá para fora sem pagar como toda a gente, tira da algibeira o dinheiro, e fica ali a contar para deixar em cima de uma das caixas.
É o apocalipse zombie e terrorista, mas que importa? Um homem tem de lavar a roupa e pagar o que deve.
0 comentários