É sempre com alguma expectativa que aguardo os filmes de M. Night Shyamalan. O resultado nem sempre é o melhor, oscilando entre a genialidade de O Sexto Sentido ou A Visita (este divide opiniões mas adorei) e a mediocridade de, por exemplo, Lady in The Water. Este, Split, está algures lá no meio.
A história gira à volta de um homem que tem nada mais nada menos do que 23 personalidades. É um distúrbio que está a ser acompanhado por uma psicóloga, que não sabe (mas vai desconfiando) que existe uma nova personalidade, muito maléfica, prestes a vir à tona.
Depois de raptar três miúdas, estas apercebem-se de como podem jogar com estas personalidades a seu favor, pelo menos até a nova personalidade ameaçar aparecer. O nível de suspense é aceitável, mas o grande destaque tem de ir para um homem só - James McAvoy. É incrível como consegue arcar com o peso de interpretar tantas personalidades e o melhor é que o espectador sabe imediatamente qual delas está activa, apenas com a mudança da expressão, de uma ruga, ou da intensidade do olhar. Os gestos, as expressões, os tiques são outros elementos que ajudam à distinção, embora mais óbvios, mas no geral é das melhores interpretações que já vi nos últimos anos.
Vale a pena por isso. De resto, não é dos melhores trabalhos do realizador. Parece que a ideia, interessante, não foi devidamente explorada.
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