Imaginem o seguinte cenário: num futuro distópico, a poluição e os desastres ecológicos tornaram-se tão imensos e com consequências tão graves, que as mulheres deixaram de ser férteis. As que ainda conseguem ter filhos são uma minoria, e tornam-se no bem mais precioso do planeta. E, como tudo o que é valioso, acaba por ser pervertido e vendido.
Com a tomada de posse de um governo totalitário com bases religiosas, estas mulheres são raptadas, separadas da sua família, passam a ser propriedade do Estado e levam com uma lavagem cerebral com o objectivo de quererem parir filhos para os outros, de forma a contribuírem para o bem maior. São colocadas nas casas de casais abastados com o único objectivo de fornicar com os maridos, sob o olhar e aprovação das suas inférteis esposas, para lhes dar filhos e continuar a popular o planeta.
Portanto, a mulher torna-se num objecto, numa parideira que não tem escolha sobre o seu ventre e que tem de entregar o seu fruto a outra família, sem olhar para trás. Mas, claro, a consciência está lá, a dor, o sofrimento, a escravidão sexual disfarçada com outro nome.
Há uma realização fabulosa, actores e actrizes fora de série, uma fotografia gigante, uma banda sonora fantástica, e todos os episódios, sem excepção, são de fazer cair o queixo. Para além disso, é daqueles cenários que pode facilmente acontecer. É assustador pensar nisso, mas seja daqui a 50 ou 500 anos, estou convicta de que a infertilidade vai impedir o ser humano de destruir completamente o planeta...
É pesada, íntima, forte, visionária, genial, e é, para mim, uma das melhores séries do ano, senão a melhor. A primeira temporada tem 10 episódios - devorei-os de seguida - e foi renovada. Oh joy!
2 comentários
Conheço o filme que foi realizado em 1990, realizado pelo Volker Schlondorff (um dos cineastas do então denominado Novo Cinema Alemão) e que tinha o título de "A História da Aia" / "The Handmaid's Tale", com a Natasha Richardson e o Robert Duvalnos protagonistas e na época foi muito falado porque o argumentista foi o Harold Pinter, que na época andava muito dedicado ao cinema.
ResponderEliminarSeria possível saber em que canal está a ser exibida esta série?
Muito boa noite!
Super boas dicas! Eu já quero ver, parecem super boas. Devo dizer que uma das minhas series preferidas é Insecure. Eu recomendo. A última temporada me surpreendeu, mas a quarta está ficando muito melhor! Os primeiros episódios da serie realmente excedeu as minhas expectativas. depois de tanto esperar, a nova temporada da serie valeu muito a pena. É muito boa! Eu acho que é a melhor serie do mundo . Foi uma surpresa pra mim, já que foi uma historia muito criativa que usou elementos innovadores. É algo muito diferente ao que estávamos acostumados a ver. Para uma tarde de lazer é uma boa opção.
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