Re(descobertas) musicais #21 - Heaven Upside Down
O álbum novo do Marilyn Manson, "Heaven Upside Down" é um bebé de duas semanas que já tive oportunidade de ouvir umas quantas vezes. Não me entrou imediatamente, porque simplesmente não me parecida nada de novo. E não é. Mas "aprendi" que isso não é mau, uma vez que é um retornar ao MM de antigamente. As semelhanças com os primeiros álbuns são gritantes, o que poderá fazer finalmente os fãs mais antigos felizes, uma vez que consideravam os últimos álbuns um desvio algo despropositado.
Pois agora temos fartura de referências a mortes, satanás, agressividade, sangue, logo patentes à partida apenas pelo nome das músicas, em que SAY10 ou JE$US CRI$I$ são exemplos evidentes. Portanto, tudo em bom para quem gosta dessa faceta do senhor.
Em relação aos dois álbuns anteriores parece-me haver mais guitarradas, mas não só de satanás e de selvajaria ele vive - há músicas calminhas e cheias de estilo como a visceral Blood Honey - com um crescendo e um culminar fantásticos - ou "KILL4ME", em que é pedido à amada que prove o seu amor de forma menos convencional.
No que toca às letras parece-me haver um pouco menos de inspiração, confirmada quando, na "Tattooed in Reverse", ele rima 'showhorse' com 'of course' de forma completamente forçada. O que é pena, já que é uma das minhas canções preferidas no que toca ao ritmo e ao uso das teclas. Longe da frase que me continua a tocar do álbum anterior - 'We're killin' strangers, so we don't kill the ones that we love' ou do irónico 'You wanna know what Zeus said to Narcissus - You'd better watch yourself", também do Pale Emperor de 2015.
Os singles escolhidos para videoclip são dos tais previsíveis, e deixo aqui o mais recente "SAY10", cuja escolha de protagonista também é esperada - um Johnny Depp sujo num vídeo com referências sexuais - não há que enganar, é fórmula vencedora.
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