Este podia ser o slogan do Texas, onde é mais fácil ter uma arma do que terminar o secundário. O último ataque que vitimou dezenas de pessoas numa igreja é só mais uma demonstração da estupidez que assola o país das maravilhas bélicas. Ser portador de armas numa igreja, para começar, é legal. Porque nunca se sabe quando será preciso provar a fé derramando sangue por Cristo, porque o vinho é overrated.
O filho da puta é um "atirador", portanto, nada de terrorismo aqui, de acordo com a Comunicação Social. Mais um caso isolado a juntar a inúmeros outros debaixo do tapete. Estes casos isolados ultrapassam em muito os movidos por ideologias políticas, os chamados actos de terrorismo que se diferenciam pela cor da pele, basicamente.
O presidente Caca-Trump veio dizer que o problema não são as armas, é a doença mental. Pois claro. As armas não se disparam sozinhas. Pobres delas. O facto de uma pessoa com problemas mentais poder aceder a armas mais rapidamente do que comer um Big Mac é um dano colateral, e pelos vistos vale a pena correr esse risco. Quando o Caca-Presidente é patrocinado pela NRA, a única coisa que podemos pedir é que todos os casos de risco sejam detectados rapidamente para assim se poder evitar a tragédia - um cenário completamente digno do mundo do Dr. Seuss.
Todo o derramamento de sangue é lamentável. A diferença de tratamento de quando se trata de um crime político motivado por pessoas de outra etnia ou um destes casos em que um branco católico é o culpado é inaceitável. É preciso agarrar todos os problemas pelos cornos, e não só aqueles que vêm do Médio Oriente. O terrorismo interno é uma realidade, as mortes são reais, as famílias inteiras dizimadas são igualmente reais. Mas faltam os tomates para fazer alguma coisa. Quando é para limpar merda, começa-se dentro de casa...
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