Por entre os arrepios provocados pela perfeita fusão do rap e do fado, percebemos que é muito mais que isso. O efeito não se fica pela pele, desce pelo nosso corpo, penetra-nos as veias e alcança-nos as entranhas. E as palavras vão mais longe.

E a dor está lá, a angústia também, e só apetece gritar, empurrá-la para fora, como se isso fosse possível. Os joelhos tremem, o chão está tão perto, tão convidativo, tão... sereno, seguro. A luta começa, uma intensa e eterna batalha entre o cair e o manter-se erguido.

A luz, ela há-de vir, porque cá dentro, no escuro, não vejo nada. Não sei por onde seguir, ando às apalpadelas, e estou sozinha. Apesar das vozes. Enlouquecem-me. Sei que me olham de lado, não os posso ver, mas sinto-o.