Dizem que racionalizo demasiado e que penso em todas as consequências das minhas grandes decisões antes de tomá-las. Se as chego a tomar. Na maior parte das vezes, deixo andar, para ver até onde me leva a inércia e o depender das decisões de outrém. Porém, não consigo deixar de me lembrar o que seria, como seria, se tivesse tido a coragem para, nos momentos certos, ter arriscado. Tento não pensar nisso, mas quantas mais vezes me lembro de me esquecer, mais me lembro do assunto. Torna-se um peso mais que diário, permanente, pensar, e se. Talvez não queira esquecer, talvez me deva mesmo lembrar, talvez ainda tenha esperança que surja, talvez, a hipótese de arriscar, outra vez.