A série "Stranger Things" é a série para ver neste Verão tão parco em qualidade nesta área. Ambientada nos anos 80, tem inspiração em grandes clássicos como "ET", "Aliens", "Firestarter", "Poltergeist", "The Goonies" ou "The Shining", sendo uma clara homenagem a génios como Steven Spielberg ou o meu 'mui' amado Stephen King. Estas inspirações, entre muitas mais que caracterizam a série, tornam-na num poço de nostalgia - um dos motivos para que nos prenda até ao fim. Estar impecavelmente produzida e realizada são outras razões.

A banda sonora é sublime - The Clash, Jefferson Airplane, Joy Division ou New Order são apenas algumas das pérolas que ajudam a construir o fantástico ambiente da série. Os actores foram escolhidos a dedo, com grande destaque para os putos, super engraçados, castiços e com um talento fenomenal. Mas a menção honrosa tem de ir para Winona Ryder, no papel de mãe desesperada e tomada por louca.

Em "Stranger Things" um miúdo desaparece sem deixar rasto. Os seus amigos fazem de tudo para o encontrar, enquanto a sua mãe (Winona) luta contra tudo e todos alegando que ele está vivo e que recebe sinais dele de forma muito estranha. Tão estranha, que todos a vão tomar por louca. O chefe da polícia acaba por investigar por si próprio e depara-se com uma realidade nunca antes imaginada. Uma ameaça impossível e inacreditável.

Sem querer spoilar nada e esperando que sigam o conselho, vejam a série da Netflix que não se vão arrepender. Vê-se num ápice, são 8 episódios de pura genialidade negra.