Breathe

by - quinta-feira, agosto 06, 2009


"Breathe, breathe in the air
Don't be afraid to care
Leave but don't leave me
Look around and choose your own ground
Long you live and high you fly
And smiles you'll give and tears you'll cry
And all you touch and all you see
Is all your life will ever be.

Run, rabbit run
Dig that hole, forget the sun
And when at last the work is done
Don't sit down it's time to dig another one"


Pink Floyd - "Breathe"

in Dark Side of the Moon (1973)


O acto de respirar consiste em inspirar e expirar, repetidamente. Se não o fizermos, simplesmente, deixamos de viver. É estranho pensar que a nossa existência depende de um acto de suprema repetição, e sobre o qual não damos conta. É assim que somos feitos. Ponto final.

O mal chega quando a repetição acontece naquilo sobre o qual podemos optar. Mas não é assim tão fácil. O humano não consegue parar. Não consegue terminar uma obra, descansar, e reflectir sobre ela. São raros aqueles que conseguem contemplar, com tempo e dedicação, para a sua própria obra. O humano não tem tempo. Num passo, já está a pensar no seguinte. Anda, rápido, respira, pensa, respira, age, respira, age, respira, rápido, age.

Admiro cada um daqueles que ainda consegue fazer tempo do tempo, e ter mais tempo, para andar por aí. O "aí", são todos os sítios onde quer estar, onde quer respirar, onde se quer debruçar, e onde decide como e quando continuará o caminho.


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