Nunca passaremos do razoávelzinho

by - sexta-feira, janeiro 23, 2015

É parvo quando se discutem assuntos que deviam ser dado adquirido. A adopção por parte de casais do mesmo sexo foi chumbada. Surpreendida? Nada mesmo. Os 28 votos que separaram o "sim" do "não" correspondem a 28 chapadas no focinho que cada um dos que votaram contra devia levar.

Em que mundo, expliquem-me, é preferível que uma criança cresça sem pais do que com pais do mesmo sexo? Expliquem-me, que eu sou muito burra, como é que há pessoas a achar que a homosexualidade é uma doença que vai contagiar a criança? Que ser gay ou lésbica se pega como herpes? Que por se ser gay não se tem valores para passar a outra geração? Expliquem-me, que eu só sei que nada sei, como é que ter dois pais ou duas mães é pior do que não ter nenhum? Expliquem-me como se mede o amor que se dá a um filho de acordo com as preferências sexuais!

É um país tão triste. Não temos emprego, não temos dinheiro. Não temos como investir, ser criativos. É preciso um golpe de sorte ou sermos um super-herói para sermos alguém. Passamos os dias a comer e calar. E ainda mandam na nossa vida privada.

Sinto embaraço. Quase como se eu própria devesse um pedido de desculpas aos casais homosexuais.
"Desculpem lá, mas... os nossos governantes acham que vocês não têm capacidade para criar um filho. Porquê? Porque gostam de pilinha quando deviam gostar de pipis."

Completamente justificado. Assim se lixam uma carrada de vidas com um preconceito tão pré-histórico. Vão-se lixar.







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