O humor negro de 2016 não tem limites

by - terça-feira, dezembro 27, 2016

Morreu no dia de Natal. Quem diria que a voz de Last Christmas, um dos êxitos mais tocados nesta época, iria adormecer para sempre neste mesmo dia. 2016 tem sido um assassino sem precedentes, mas esta foi mesmo a alfinetada melhor metida.

Muito o admirava. Foi um dos grandes percursores da música pop, conhecido mundialmente, talentoso e dono de uma voz reconhecida por todos. Tantos karaokes passei a cantar as suas músicas, tantos momentos que passei com amigos a cantar a Careless Whisper e a fingir que tocava aquele saxofone imaginário. Risadas arrancadas à força desta balada que nos entretia embora a entoássemos teatralmente com falsos sentimentos de amor. Marcou também uma viagem a Londres, em que ficámos hum hostel em Picadilly, perto do qual um saxofonista tocava esta música sem parar e, consequentemente, nós também, e sempre associámos a canção à nossa viagem.

Uma vida marcada pelo abuso de drogas, álcool e por escândalos que agora tem fim demasiado cedo. 53 anos não é idade para se morrer. Mas quem entrega assim o coração, todos os natais, estava em risco de ficar sem ele. Ontem quando acordei com esta notícia não quis acreditar. A irreverência e rebeldia têm significado maior também por causa de ti. Adeus George Michael. Tens um lugar especial nas minhas memórias.


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2 comentários

  1. Fiquei boquiaberta também! Vamos continuar a trautear as suas canções e vai ouvir-nos!

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  2. Estarão todos juntos, eles e os outros que se foram, a observar o impacto que nos causaram :)

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