Neste sonho, eu era a dona e gestora de um condomínio de luxo. Não sei se ganhei o Euromilhões, se herdei, se roubei, o que é certo é que era proprietária de uma série de apartamentos e, mais importante, dos vastos terrenos que os rodeavam. Ele era campos de golfe, de ténis, campos de futebol, espaços para meditação, yoga, naked yoga, power yoga, (lol), trilhos para caminhadas, piscinas, santuários de animais e muito mais. Mas não havia uma coisa - crianças.

Para se poderem candidatar a um lugar no meu condomínio, as famílias não podiam ter filhos com menos de 16 anos. É a idade com a qual podem ir ver um filme de terror, e uma vez que das janelas se podem observar pessoas de meia-idade a fazer naked yoga, achei que era o adequado.

Portanto, famílias, pessoas solteiras, grupos de amigos, todos se podiam candidatar, desde que não trouxessem consigo diabretes. E os arrendatários podiam trazer, por exemplo, famílias com crianças como convidadas, desde que se fizessem à estrada antes das 21h00. No meu condomínio, o silêncio é de ouro e o sono é sagrado.

Era eu que fazia as entrevistas aos candidatos a morar na minha nobre morada. No sonho, estava justamente a entrevistar uma família que tinha uma filha de 16 anos, que durante todo o tempo esteve a olhar pela janela para o instrutor de naked yoga de boca semi-aberta. Ele na pose do guerreiro, com os abonos pendurados ao sabor da brisa fresca de Primavera, e ela já pronta a ir para a guerra.

Outra parte importante desta comunidade era que os moradores tinham de contribuir para o bem comum - que era a plantação de canábis. Se queriam ali viver a um preço razoável e ter acesso a todas as comodidades, tinham de participar na gestão do terreno, plantação, luz, água, apanha, secagem, rotulagem, exportação e tudo e tudo. Uma horinha por semana a cada morador dava para tudo, e ainda levavam um pouco da preciosa planta para casa, a custo zero.

Quanto mais penso nisto, mais me apercebo é o meu sonho verdadeiro e o meu cérebro fez uma excelente planificação nocturna.