A Casa de Papel

by - segunda-feira, junho 04, 2018



Já ando a ver A Casa de Papel há algum tempo mas só ontem consegui acabar. Para quem vive debaixo de uma pedra e nunca ouviu falar, é uma série espanhola disponível na Netflix. Na verdade, pôs a Espanha no mapa da televisão mundial. E com razão.

A série fala sobre um grupo de pessoas que vivem à margem da sociedade - ladrões, vigaristas, falsificadores... - e que são convidados pela personagem mais enigmática (o Professor) para darem o golpe do século. Ou do milénio. Este consiste em barricarem-se na Casa da Moeda, em Madrid, fazendo reféns dos trabalhadores e visitantes, e permanecer por lá o máximo de tempo que conseguirem a fim de produzirem a maior quantidade de dinheiro possível. E, diga-se, que o volume é uma coisa monstruosa. O que é certo é que, sem roubar um cêntimo a ninguém, e tendo planeado não derramar uma gota de sangue, este pode ser mesmo um golpe limpo, eficiente e relativamente rápido que lhes permitirá viver o resto das vidas como autênticos reis.

Acompanhamos não só o decorrer da invasão, mas vamos também espreitando os cinco meses de preparação antes do golpe. Aí é que nos vamos apercebendo da genialidade da coisa. Em cada episódio, ficamos boquiabertos com um ou outro pormenor, em especial com a mente brilhante do homem por trás da operação, o Professor, que consegue estar sempre um passo à frente da polícia.

É claro que as coisas não correm totalmente como previsto e há vários percalços e tiros que saem pela culatra, situações que são peças essenciais para nos manterem colados à série. Gera-se-nos aquele sentimento que só as boas séries conseguem: ficamos imediatamente do lado dos criminosos. Subtilmente, o sentimento de familiaridade e de luta contra o sistema imposto vai crescendo até apoiarmos e criarmos laços com quem tem as armas na mão.

A série foi (e ainda está a ser, que ainda há pouco tempo foi anunciada a 3ª temporada) um sucesso mundial, e tem influenciado a cultura popular (e não só) por todo o lado. Existiram situações, inclusivé, de assaltos em que os ladrões usavam os fatos e as máscaras de Dali características da série. Poderá não ser uma série para todos, mas que é um fenómeno e que está bem feita, está.

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