One Strange Rock

by - quarta-feira, março 28, 2018

Esta série documental do National Geographic começou a ser transmitida no domingo passado. Apenas com um episódio, deixou-me completamente colada ao ecrã.

Quando vi o trailer e percebi que era realizada por Darren Aronofsky (realizador dos fantásticos Mother!, Black Swan ou Requiem For a Dream) abri logo a pestana e fiquei com a pulga atrás da orelha - era certo e sabido que ia ver imagens fantásticas, uma fotografia brutal, uma edição fora de série, num projecto inovador. Tal e qual.

"One Strange Rock" conta a história do planeta Terra. Não é uma história aborrecida e monótona, mas sim cheia de vida, cores, curiosidades, num relato que mistura a ciência com a emoção. Pretende fazer-nos ver que a vida não é só o que vemos e o que conhecemos superficialmente - todo o mundo se move para que vivamos e consigamos, primeiro do que tudo, respirar, num equilíbrio de factores que parece inacreditável.

Neste primeiro episódio, ficamos a saber como é possível que respiremos e o que acontece no planeta inteiro que torna isso possível. Percebemos que cada inalação, cada lufada de ar que inspiramos inconscientemente, sem parar um segundo para pensar, é a conjugação de vários factores que acontecem por todo o lado e de várias formas, e que, se um deles falhar, o planeta terá de arranjar uma nova forma de se equilibrar. E irá, porque é vivo, uma entidade que se adapta apesar de todo o mal que lhe fazemos. E isso é contado de uma forma que tem tanto de elucidativa como de mágica, dando a conhecer, por exemplo, o rio voador da Amazónia ou os fascinantes lagos ácidos na Etiópia, todos parte do processo.

Will Smith é o improvável narrador (e não só, como irão descobrir) e o programa conta com vários astronautas a contar e a comentar as histórias e os factos que tornam esta nossa casa única e estranha. A estrela da companhia é o astronauta Chris Hadfield, que é uma absoluta lenda, especialmente para os que se lembram da sua cover da Space Oddity, do David Bowie, no espaço. Um momento genial.

Vários talentos se juntaram para criar esta série e o resultado é tão formidável que não o consigo verbalizar. Se não viram, vão a tempo de ver, procurem nas vossas boxes. Vale a pena, e é surreal perceber que elementos tão pequenos que nem os conseguimos ver, ou tão grandes como as montanhas, determinam o que somos e para onde vamos. E, mais do que tudo, que estamos todos no mesmo barco. Chama-se Terra.

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4 comentários

  1. Já se sabe o que vou ver hoje à noitinha em família aqui em casa!

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    1. Boa :) depois quero saber se gostaram!

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    2. Fui a única sobrevivente que o resto amanhã tem de se levantar cedo ahahahha. As imagens são simplesmente espectaculares e a recomendação foi muito bem dada. Que venha o próximo episódio!

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  2. Yeah :) Ainda bem que gostaram. Domingo há mais!

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