"Diz-se da melhor companhia: a sua conversa é instrutiva, o seu silêncio, formativo"
Goethe
No sentido silêncio se descobrem os segredos de uma linguagem eternamente por explorar. Nas curvas de tudo aquilo que não se diz, caminhamos sem sair da estrada, roçando nos seus limites, sem nunca perder o equilíbrio, rebolando num asfalto deserticamente tolerável.
No silêncio se aprende, se capta, se partilha.
E nas palavras, saltamos pé ante pé para um outro lado, onde os significados e as ideias se transformam em algo tangível. Tudo parece possível, se dito.
E algures entre o silêncio e o som, entre o vazio sonoro, e a palavra proferida, perdemo-nos, não para sempre, mas por um segundo preso no tempo e no espaço, o segundo em que pensamos naquilo que vamos dizer, e onde tudo se entrelaça.