A parte engraçada das máscaras é que metemo-nos com as pessoas e elas não nos reconhecem. Devolvem-nos um olhar inquiridor, um sorriso disfarçado, a dúvida de quem será. Continuamos a brincar, em folia, no anonimato. Aos pulos, sem preocupações. Nesse dia, somos outro alguém. A máscara protege-nos. Temos autorização social para sermos outra pessoa.
Mas nem todos os dias é Carnaval.
Continuar a usar máscaras após esta data, embora de pele, com poros, totalmente invisÃveis, torna-se ridÃculo. Ver as pessoas quererem ser algo que não são, à força. Vê-las vacilar e mentir com todos os dentes na nossa cara. Encarar-nos como se não fosse nada. O que vale é que nós sabemos. Sempre soubemos. Elas são assim. Nunca conseguiram, e não é agora que vão conseguir, ser honestas. E como o sabemos, das duas uma. Arrancamos-lhes aquelas máscaras por meios mais duvidosos e é "ou vai ou racha", ou juntamo-nos à quele Carnaval diário, rendendo-nos à quela mentira que cresce e surpreende, dia após dia.
Mas nem todos os dias é Carnaval.
Continuar a usar máscaras após esta data, embora de pele, com poros, totalmente invisÃveis, torna-se ridÃculo. Ver as pessoas quererem ser algo que não são, à força. Vê-las vacilar e mentir com todos os dentes na nossa cara. Encarar-nos como se não fosse nada. O que vale é que nós sabemos. Sempre soubemos. Elas são assim. Nunca conseguiram, e não é agora que vão conseguir, ser honestas. E como o sabemos, das duas uma. Arrancamos-lhes aquelas máscaras por meios mais duvidosos e é "ou vai ou racha", ou juntamo-nos à quele Carnaval diário, rendendo-nos à quela mentira que cresce e surpreende, dia após dia.