Não sou nada contra as manifestações de amor em público - mostrar o amor ao mundo pode até ser bastante "fofinho". Agora num metro sobrelotado, onde não bastam os sovacos junto ao nosso nariz (é no metro que treino as apneias), as roupagens que cheiram a mofo e a queijo (à s vezes ambos, ou outras coisas piores), já para não falar de pessoas que tresandam a álcool à s 9h, dos bebés chorões (também já apanhei uma criança que conseguiu vomitar em cima de seis pessoas), só faltavam os beijoqueiros. Hoje um casalinho estava a beijar-se, com tudo a que tinham direito (lÃngua, muita baba, os olhos fechados, os sons irritantes...) literalmente a 5cm da minha cara. Fazer isto no metro apinhado é estar a pedir um ménage-a-cent, porque um ménage a trois só se fosse numa carruagem praticamente vazia. As cerca de 100 pessoas apertadinhas podiam facilmente ter participado naqueles beijos e trocado saliva, o convite e as condições estavam criadas. Uma pessoa olha para todos os lados para ver onde pode pousar o olhar sem "se meter" em nada, e acaba por olhar para a ponta dos pés (tive muito trabalho em encontrá-los no meio de tanta gente), mas não se safa de ouvir os "chuac chuac" e todos aqueles sons de baba e lÃngua, e estalinhos, argh!! Moral da história: nunca sair de casa sem o mp3.
"Não há na Terra uma mulher casta. Não há pureza nela. O seu aspecto, o seu discurso e o seu coração nunca cantam ao mesmo tempo. Parece uma coisa e parece a outra, e tudo é aparência. Com óleos escorregadios e pós brilhantes tinge os seus desÃgnios sombrios e pinta nela um retrato que poderÃamos amar. Mas onde está o coração sincero que com uma só nota pulsa o seu verdadeiro conteúdo? Que vergonha! Não lhe peças música pura, directa e sincera. A pureza não faz parte dela. O seu coração de serpente retirou todas as suas artimanhas da serpente do Éden para poder cuspir sobre todos os homens uma baba de mentiras e artimanhas."
In "Não Abras os Olhos", de John Verdon, citando as palavras de um homem que odeia todas as mulheres e que matou a sua própria mãe.
In "Não Abras os Olhos", de John Verdon, citando as palavras de um homem que odeia todas as mulheres e que matou a sua própria mãe.
"Some of us, believed that we can make a difference,
and then sometimes, we wake up,
and we realized, we failed."
In "Detachment" (2011)
In "Detachment" (2011)