Esta foi uma encomenda de uma cliente para o seu irmão, que é um grande fã de jogos e o seu preferido é o The Legend of Zelda, da Nintendo. Um dos erros mais comuns para os leigos (como eu) é achar que o Zelda é o bonequinho principal, aqui retratado. Daà a "piada" no texto. Feito em ponto cruz num bastidor de bambu, pronto a pendurar.
"- Verifiquem os aparelhos de ar condicionado, amigos - aconselhou Cupo. - Chegou a canÃcula."
in Despertar, de Stephen King (2014)
Tivemos um verão quente e seco, e também muito prolongado, e por isso todos sabemos o que é a canÃcula e, muitas vezes, a bênção do ar condicionado para a combater.
substantivo feminino
1. Calor muito intenso.
2. PerÃodo mais quente do ano.
Pois é, juventude, agora já podem dizer que está uma canÃcula do caralho, e ainda assim, parecer intelectuais.
Casey muda-se com o pai para o interior canadiano, para uma pequena povoação onde este vai ser polÃcia. Os vizinhos mais próximos são uma famÃlia de fazendeiros, cujo filho, da idade de Casey, se vai rapidamente tornar o seu melhor amigo. Os adolescentes começam a passar muito tempo juntos, e os sentimentos florescem.
Um dia, depois de terem chegado atrasados, o pai de Casey, já tocado pela bebida, mostra sinais de violência e a cena descamba de tal maneira que acaba por lhe bater. Jonas, o rapaz, tenta parar o homem e leva por tabela, vendo a sua vida ficar presa por um fio.
Zangado e assustado, Jonas jura que Casey nunca mais passará pelo mesmo, e pretende levá-la seja para onde for, desde que seja para longe do pai. Aà começa a aventura e uma perseguição ao par de adolescentes, que não mais vão ter descanso.
Um filme canadiano que começa com uma paixoneta de adolescentes e que se transforma num thriller bem decente sempre passado num bom ritmo. O grupo de actores faz um papel brilhante, com destaque para Bill Paxton no papel do pai que abusa do poder, tanto em casa como na sua profissão. Os cenários são fantásticos, com florestas imensas enquadradas por lagos que espelham o céu e que nos transmitem uma quietude e serenidade no meio do caos da vida destas pessoas.
Está feita a recomendação deste filme que torna um crime num percurso poético e que tem de tudo, sem pressas.
Um dia, depois de terem chegado atrasados, o pai de Casey, já tocado pela bebida, mostra sinais de violência e a cena descamba de tal maneira que acaba por lhe bater. Jonas, o rapaz, tenta parar o homem e leva por tabela, vendo a sua vida ficar presa por um fio.
Zangado e assustado, Jonas jura que Casey nunca mais passará pelo mesmo, e pretende levá-la seja para onde for, desde que seja para longe do pai. Aà começa a aventura e uma perseguição ao par de adolescentes, que não mais vão ter descanso.
Um filme canadiano que começa com uma paixoneta de adolescentes e que se transforma num thriller bem decente sempre passado num bom ritmo. O grupo de actores faz um papel brilhante, com destaque para Bill Paxton no papel do pai que abusa do poder, tanto em casa como na sua profissão. Os cenários são fantásticos, com florestas imensas enquadradas por lagos que espelham o céu e que nos transmitem uma quietude e serenidade no meio do caos da vida destas pessoas.
Está feita a recomendação deste filme que torna um crime num percurso poético e que tem de tudo, sem pressas.
"Gosto do vinho dourado a borbulhar no copo fino; gosto de me estender, cansado, na cama limpa; gosto de respirar o ar puro primaveril, de admirar o belo ocaso, de ler livros interessantes e inteligentes. Gosto de mim, da força dos meus músculos, da força do meu pensamento, claro e exacto. Gosto de mim solitário e de que o fundo da minha alma com os seus abismos e despenhadeiros escuros, à beira dos quais temos vertigens, seja impenetrável a qualquer olhar curioso. Nunca compreendi nem conheci o chamado tédio da vida. A vida é curiosa, e gosto dela pelo seu grande mistério, gosto dela, até, pelas suas crueldades, pelo seu feitio ferozmente vingativo e pelo seu alegre jogo satânico com as pessoas e os acontecimentos."
in História dos Sete Enforcados, de Leonid Andréev (1908)
É incrÃvel quando o relato de um assassino, de um livro com mais de 100 anos, se encaixa perfeitamente na forma como estás na vida 💜
No outro dia estava a fazer zapping e deparei-me com o filme Camp X-Ray (2014), que estava a dar no SundanceTV. Fiquei a ver, e gostei. A trama acompanha uma militar, Cole (Kristen Stewart), que, para escapar à sua pequena terra natal, se alista no exército e acaba por ir parar a Guantanamo, um centro de detenção fundado por George W. Bush e conhecido pela sua imoralidade principalmente no que toca aos relatos de tortura.
Ora, no filme lidamos com detidos de origem árabe - não chegamos a saber as razões das detenções, se as houver - e o papel de Cole é vigiar as celas rotativamente, entregar livros, verificar se está tudo bem. Nos primeiros dias na sua função a coisa não corre nada bem. Os prisioneiros aproveitam-se do facto de ser mulher, e novata, para abusar da sua boa vontade e relativa inocência. Os seus colegas e superiores também não mostram ser excepcionais ou compassivos.
Cole sente-se sozinha e deslocada, e um prisioneiro em especial (Payman Maadi), que a melga desde o inÃcio por causa dos livros, começa a ser a sua companhia em pequenas conversas ao longo das noites intermináveis. Vão travando um conhecimento que, embora não se possa chamar amizade, promove pequenos convÃvios que vão sabendo tão bem como chuva no deserto.
O filme mostra de uma forma muito natural e simples as ligações que se criam em ambientes extremos, e em relação a esta prisão em especÃfico, que detém pessoas infinitamente sem julgamento e que as submete a práticas bárbaras, sentimos a falta da justiça. Uma óptima prestação do par de actores principais, sendo que não estava à espera desta Kristen Stewart.
Ora, no filme lidamos com detidos de origem árabe - não chegamos a saber as razões das detenções, se as houver - e o papel de Cole é vigiar as celas rotativamente, entregar livros, verificar se está tudo bem. Nos primeiros dias na sua função a coisa não corre nada bem. Os prisioneiros aproveitam-se do facto de ser mulher, e novata, para abusar da sua boa vontade e relativa inocência. Os seus colegas e superiores também não mostram ser excepcionais ou compassivos.
Cole sente-se sozinha e deslocada, e um prisioneiro em especial (Payman Maadi), que a melga desde o inÃcio por causa dos livros, começa a ser a sua companhia em pequenas conversas ao longo das noites intermináveis. Vão travando um conhecimento que, embora não se possa chamar amizade, promove pequenos convÃvios que vão sabendo tão bem como chuva no deserto.
O filme mostra de uma forma muito natural e simples as ligações que se criam em ambientes extremos, e em relação a esta prisão em especÃfico, que detém pessoas infinitamente sem julgamento e que as submete a práticas bárbaras, sentimos a falta da justiça. Uma óptima prestação do par de actores principais, sendo que não estava à espera desta Kristen Stewart.
Wes Goodman era um legislador do Ohio, de direita, defensor dos valores tradicionais. Argumentava, por exemplo, que o casamento só deve acontecer entre um homem e uma mulher; declarava-se um cristão conservador; era contra o aborto, obviamente; emitia frequentemente opiniões anti-LBBT. Um gajo à s direitas, republicano, impecável no seu fatinho bem passado a ferro e com o seu cabelo lambido, com aquelas fotos de famÃlia capazes de constar nos melhores calendários de Natal.
Mas claro, como podem adivinhar, no melhor pano cai a nódoa, e foi apanhado no seu escritório a levar no rabinho. É assim queridos, quem tanto desdenha normalmente quer comprar. Quem tem opiniões tão extremas acerca da sexualidade dos outros, é porque não deve estar muito seguro da sua. Vai-se a ver, e o senhor gostava de contactar jovens rapazes do partido, pelo Facebook, chegando a mostrar a sua verga pelo Snapchat.
Renunciou ao cargo por conduta inadequada, fechou o seu site (onde se podiam ler as suas ideias conservadoras que foram pelo cano abaixo) e agora deve estar a chicotear-se por não ser um exemplo de masculinidade heterossexual.
As pessoas deviam estar mais vezes caladas, porque o karma é fodido.
Mais no Independent.
Mas claro, como podem adivinhar, no melhor pano cai a nódoa, e foi apanhado no seu escritório a levar no rabinho. É assim queridos, quem tanto desdenha normalmente quer comprar. Quem tem opiniões tão extremas acerca da sexualidade dos outros, é porque não deve estar muito seguro da sua. Vai-se a ver, e o senhor gostava de contactar jovens rapazes do partido, pelo Facebook, chegando a mostrar a sua verga pelo Snapchat.
Renunciou ao cargo por conduta inadequada, fechou o seu site (onde se podiam ler as suas ideias conservadoras que foram pelo cano abaixo) e agora deve estar a chicotear-se por não ser um exemplo de masculinidade heterossexual.
As pessoas deviam estar mais vezes caladas, porque o karma é fodido.
Mais no Independent.
Normalmente digo que quem mais tem, menos dá. Conheço gente endinheirada que nem 1€ dá para solidariedade e gasta 1000€ num iPhone sem pestanejar. Não sou ninguém para dizer à s pessoas quais devem ser as suas prioridades, mas acho que tornar o planeta um lugar melhor e protegê-lo deveria estar no topo da lista de cada um. Porque quando esta merda toda rebentar, o iPhone vai servir apenas como arma de arremesso, e fraquinha.
Por isso, uma vénia enorme ao bilionário norueguês Kjell Inge Røkke, que está a investir a sua fortuna para construir um iate que irá recolher 5 toneladas de plástico do oceano, por dia, que será reciclado. Estará preparado também para ser um centro de pesquisa, com laboratório, drones aquáticos, e muito mais, para se debruçarem nos temas das alterações climáticas, pesca exploratória e biodiversidade marinha.
O norueguês, que construiu o seu império do nada começando como pescador (está explicado o espÃrito altruÃsta - não nasceu em berço de ouro) é disléxico e não tem estudos - nem o secundário. Hoje, tem uma frota que ultrapassa os 2,6 bilhões. Com isto, ele pretende "retribuir à comunidade" aquilo que hoje tem.
Agora, teremos de esperar até 2020 para ver o REV (Research Expedition Vessel) em acção. Que outros ricaços ponham os olhos nele.
Via CNBC.
Por isso, uma vénia enorme ao bilionário norueguês Kjell Inge Røkke, que está a investir a sua fortuna para construir um iate que irá recolher 5 toneladas de plástico do oceano, por dia, que será reciclado. Estará preparado também para ser um centro de pesquisa, com laboratório, drones aquáticos, e muito mais, para se debruçarem nos temas das alterações climáticas, pesca exploratória e biodiversidade marinha.
O norueguês, que construiu o seu império do nada começando como pescador (está explicado o espÃrito altruÃsta - não nasceu em berço de ouro) é disléxico e não tem estudos - nem o secundário. Hoje, tem uma frota que ultrapassa os 2,6 bilhões. Com isto, ele pretende "retribuir à comunidade" aquilo que hoje tem.
Agora, teremos de esperar até 2020 para ver o REV (Research Expedition Vessel) em acção. Que outros ricaços ponham os olhos nele.
Via CNBC.
Neste filme de maio deste ano, Antonio Banderas interpreta Paul, um escritor que vive numa área isolada. Um dia, é ameaçado por um condutor de camião, e um forasteiro, Jack, defende-o. Agradecido, Paul acaba por oferecer ao desconhecido o seu quarto de hóspedes durante o tempo que este precisar.
Paul enfrenta um perÃodo menos bom na sua carreira, completamente sem ideias novas para escrever, e Jack, conforme lhe ganha a confiança, estimula-o a continuar e, sobretudo, a manter-se sóbrio, para que se possa tornar um escritor melhor.
No entanto, o passado atormentado do escritor não o deixa pôr a bebida de lado. A convivência com o forasteiro vai atingir um ponto sem retorno quando este começa a ser demasiado intrusivo, a dar-lhe ordens, a dizer-lhe o que pode fazer, a quem deve abrir a porta, e até mesmo o que escrever. Paul apercebe-se que dar-lhe guarida foi um erro e vai tentar remediar a situação pelos próprios meios.
Este filme foi uma bela surpresa - primeiro, porque vemos Banderas fora do seu registo normal dos filmes de ação e aventura; segundo, porque a história é surpreendente e deixa-nos na dúvida até ao fim. Mesmo depois de acabar, ainda temos dúvidas. Não é que seja confuso - mas acontecem coisas inesperadas que nos fazem indagar o que é real ou não.
Jonathan Rhys Meyers está fantástico na pele do forasteiro e a sua óptima prestação faz subir a tensão ao limite e cria também a dúvida se havemos de gostar dele ou não. Mas está tão confortável na sua pele que gostamos de qualquer maneira, mesmo que se revele, ou não, um filho da mãe.
Paul enfrenta um perÃodo menos bom na sua carreira, completamente sem ideias novas para escrever, e Jack, conforme lhe ganha a confiança, estimula-o a continuar e, sobretudo, a manter-se sóbrio, para que se possa tornar um escritor melhor.
No entanto, o passado atormentado do escritor não o deixa pôr a bebida de lado. A convivência com o forasteiro vai atingir um ponto sem retorno quando este começa a ser demasiado intrusivo, a dar-lhe ordens, a dizer-lhe o que pode fazer, a quem deve abrir a porta, e até mesmo o que escrever. Paul apercebe-se que dar-lhe guarida foi um erro e vai tentar remediar a situação pelos próprios meios.
Este filme foi uma bela surpresa - primeiro, porque vemos Banderas fora do seu registo normal dos filmes de ação e aventura; segundo, porque a história é surpreendente e deixa-nos na dúvida até ao fim. Mesmo depois de acabar, ainda temos dúvidas. Não é que seja confuso - mas acontecem coisas inesperadas que nos fazem indagar o que é real ou não.
Jonathan Rhys Meyers está fantástico na pele do forasteiro e a sua óptima prestação faz subir a tensão ao limite e cria também a dúvida se havemos de gostar dele ou não. Mas está tão confortável na sua pele que gostamos de qualquer maneira, mesmo que se revele, ou não, um filho da mãe.
Moldura em ponto cruz com o balão vermelho do filme It, e a célebre frase "We all float down here". Feito para o aniversário de um fã do filme de terror inspirado no livro de Stephen King.
You'll float too...
You'll float too...
Este gajo é um autêntico atentado à democracia, ao bom senso, à evolução e a tudo o que nos faz humanos. Mas uma coisa é brincar com a própria pilinha - outra coisa é brincar com o planeta.
Já não basta vir dizer, e fazer os outros pacóvios acreditar, que o aquecimento global é um mito, como agora veio permitir que os caçadores importem as cabeças de elefante para os Estados Unidos. O Obama tinha-o proibido, numa tentativa de refrear a caça destes animais em perigo de extinção, e agora o cabelo de trampa tinha de vir fazer merda.
Os seus filhinhos riquinhos e chorões que adoram caçar devem ter chorado muito, e o paizinho lá deixou que eles possam trazer os seus troféus para casa. Porque não há nada que os faça sentir mais machos e mais poderosos do que acordar de manhã e olhar para o cadáver de um dos animais maiores do mundo. Dá-lhes aquela tesão matinal que a uns é provocada pelo mijo, e a outros pela testosterona em alta que resulta de matar um animal com as próprias mã... ups, não, com uma espingarda, a uma distância segura. Machões.
Desde 1978 que os elefantes constam da lista dos animais em perigo, mas que se foda! O único ser vivo que importa é o humano, principalmente aquele cuja masculinidade se mede pelo tamanho da pistola e que as agarra pela pussy.
Não sei se estou mais triste ou revoltada. Odeio este homem, tudo o que ele representa, todas as suas decisões de merda, mas acima de tudo, odeio que meta a raça humana - os homens, leia-se - no topo do mundo com ele como Deus. FamÃlia nojenta, vão todos para o caralhinho que vos foda.
NotÃcia aqui.
Já não basta vir dizer, e fazer os outros pacóvios acreditar, que o aquecimento global é um mito, como agora veio permitir que os caçadores importem as cabeças de elefante para os Estados Unidos. O Obama tinha-o proibido, numa tentativa de refrear a caça destes animais em perigo de extinção, e agora o cabelo de trampa tinha de vir fazer merda.
Os seus filhinhos riquinhos e chorões que adoram caçar devem ter chorado muito, e o paizinho lá deixou que eles possam trazer os seus troféus para casa. Porque não há nada que os faça sentir mais machos e mais poderosos do que acordar de manhã e olhar para o cadáver de um dos animais maiores do mundo. Dá-lhes aquela tesão matinal que a uns é provocada pelo mijo, e a outros pela testosterona em alta que resulta de matar um animal com as próprias mã... ups, não, com uma espingarda, a uma distância segura. Machões.
Desde 1978 que os elefantes constam da lista dos animais em perigo, mas que se foda! O único ser vivo que importa é o humano, principalmente aquele cuja masculinidade se mede pelo tamanho da pistola e que as agarra pela pussy.
Não sei se estou mais triste ou revoltada. Odeio este homem, tudo o que ele representa, todas as suas decisões de merda, mas acima de tudo, odeio que meta a raça humana - os homens, leia-se - no topo do mundo com ele como Deus. FamÃlia nojenta, vão todos para o caralhinho que vos foda.
NotÃcia aqui.
Era dia de Natal e eu estava em casa da minha tia com a famÃlia reunida. Não tinha prendas para dar - deixei tudo para a última hora - por isso o meu plano era passar pelo Continente antes da abertura das prendas e despachar a coisa.
Depois do jantar, estavam todos a ajudar a levantar a mesa até que tudo começa a tremer e uma nuvem negra forma-se no centro da sala. A minha tia, que segurava o seu maravilhoso pudim, estava a abrir a boca para perguntar que raio era aquilo, até que "aquilo" lhe entrou pela boca adentro e ela começa a ter convulsões, deitada no chão. Ficámos todos a olhar embasbacados, até que a nuvem negra lhe saiu pela boca e entra pela da minha prima, que começa também a espumar-se no chão.
Aà eu penso - "Porra, se quero ir ao Continente tenho de sair já". Que é um pensamento perfeitamente normal quando a tua famÃlia está a ser sodomizada por uma nuvem negra. Vou a um armário e pego numa metralhadora (também muito útil para disparar contra aquilo), meto uma bandana a tapar a boca, pego na mala, e preparo-me para sair de casa, deixar aquela confusão e ir à s compras. Portanto, não me preocupo minimamente com a saúde da minha famÃlia, mas quero desesperadamente comprar-lhes prendas.
E lá fui. Lá fora reinava o caos - carros a arder, pessoas a fugir, gritos, e aqui e ali viam-se aquelas nuvens negras a entrar pelas bocas e a consumir os espÃritos (de Natal?). Fui-me escondendo entre os carros e as esquinas, já a vislumbrar ao longe as letras vermelhas do Continente. Depois o meu despertador tirou-me do sonho, o que foi uma pena, porque não fiquei a saber se atingi o objectivo.
Isto é que foi - uma mistura de Stranger Things, com um anúncio da Popota, um conto de Stephen King metido numa história de Natal.
Depois do jantar, estavam todos a ajudar a levantar a mesa até que tudo começa a tremer e uma nuvem negra forma-se no centro da sala. A minha tia, que segurava o seu maravilhoso pudim, estava a abrir a boca para perguntar que raio era aquilo, até que "aquilo" lhe entrou pela boca adentro e ela começa a ter convulsões, deitada no chão. Ficámos todos a olhar embasbacados, até que a nuvem negra lhe saiu pela boca e entra pela da minha prima, que começa também a espumar-se no chão.
Aà eu penso - "Porra, se quero ir ao Continente tenho de sair já". Que é um pensamento perfeitamente normal quando a tua famÃlia está a ser sodomizada por uma nuvem negra. Vou a um armário e pego numa metralhadora (também muito útil para disparar contra aquilo), meto uma bandana a tapar a boca, pego na mala, e preparo-me para sair de casa, deixar aquela confusão e ir à s compras. Portanto, não me preocupo minimamente com a saúde da minha famÃlia, mas quero desesperadamente comprar-lhes prendas.
E lá fui. Lá fora reinava o caos - carros a arder, pessoas a fugir, gritos, e aqui e ali viam-se aquelas nuvens negras a entrar pelas bocas e a consumir os espÃritos (de Natal?). Fui-me escondendo entre os carros e as esquinas, já a vislumbrar ao longe as letras vermelhas do Continente. Depois o meu despertador tirou-me do sonho, o que foi uma pena, porque não fiquei a saber se atingi o objectivo.
Isto é que foi - uma mistura de Stranger Things, com um anúncio da Popota, um conto de Stephen King metido numa história de Natal.
Encomendado por uma amiga fã do filme, e uma romântica incurável, aqui está o par de Dirty Dancing em ponto cruz, numa moldura com motivos florais. Todos a cantar... I've had the time of my life...
Não sei porquê, nunca tinha ido muito à bola com os franceses Gojira. Até que me apareceu uma música no Spotify, qual virgem santÃssima que me fez ver a luz. Essa música, "Stranded", é a mostrada em baixo.
Não é uma música tão pesada com o restante repertório da banda. A voz surge "limpinha" e a cadência rÃtmica repete-se melodicamente e o refrão os riffs progressivos calham que nem ginjas. Quanto à letra, adoro-a. É uma forma de amor sem nunca dizer "amor", muito simples, negra e marcante.
Por causa desta música tenho ouvido mais da banda e agora estou com vontade de os ver ao vivo. Já cá vieram e podia ter-me lembrado disso mais cedo, mas é a vida. Hão-de voltar.
Enjoy!
Não é uma música tão pesada com o restante repertório da banda. A voz surge "limpinha" e a cadência rÃtmica repete-se melodicamente e o refrão os riffs progressivos calham que nem ginjas. Quanto à letra, adoro-a. É uma forma de amor sem nunca dizer "amor", muito simples, negra e marcante.
Por causa desta música tenho ouvido mais da banda e agora estou com vontade de os ver ao vivo. Já cá vieram e podia ter-me lembrado disso mais cedo, mas é a vida. Hão-de voltar.
Enjoy!
É uma notÃcia que passou ao lado de muita gente. O governo vai distribuir mais de 100 toneladas de açúcar para alimentar abelhas sobreviventes dos incêndios. De acordo com os comentários que li isto é impopular, porque "primeiro estão as pessoas", e não sei se ria se chore.
Para estes génios que estão em primeiro lugar no topo da evolução, informo que sem abelhas não há pessoas. E elas já estão em perigo. Logo, nós estamos em perigo.
As abelhas são as maiores responsáveis pela polinização e, logo, pela reprodução e perpetuação das espécies vegetais. São elas as maiores obreiras das florestas e das culturas agrÃcolas. Para os espertalhões que dizem não comer vegetais e que querem é hambúrgueres, lembrem-se do que comem as vaquinhas. Sem abelhas, não há hambúrgueres. Não há nada.
Já dizia o Einstein, esse gajo com mania que era esperto, que sem abelhas o humano desaparecerá da face da terra em menos de 4 anos. E elas já estão a desaparecer, devido às catástrofes climatéricas e ao uso de produtos tóxicos na agricultura. É mais um tiro no pé da raça humana.
Por isso, tiro o chapéu a esta medida. Para os que entendem que a prioridade devia ser dada ao ser humano, aqui está ela. Ajudar as abelhas é ajudar todos nós - a reflorestação das nossas zonas ardidas e termos comida na mesa depende destes insectos completamente desvalorizados.
Para estes génios que estão em primeiro lugar no topo da evolução, informo que sem abelhas não há pessoas. E elas já estão em perigo. Logo, nós estamos em perigo.
As abelhas são as maiores responsáveis pela polinização e, logo, pela reprodução e perpetuação das espécies vegetais. São elas as maiores obreiras das florestas e das culturas agrÃcolas. Para os espertalhões que dizem não comer vegetais e que querem é hambúrgueres, lembrem-se do que comem as vaquinhas. Sem abelhas, não há hambúrgueres. Não há nada.
Já dizia o Einstein, esse gajo com mania que era esperto, que sem abelhas o humano desaparecerá da face da terra em menos de 4 anos. E elas já estão a desaparecer, devido às catástrofes climatéricas e ao uso de produtos tóxicos na agricultura. É mais um tiro no pé da raça humana.
Por isso, tiro o chapéu a esta medida. Para os que entendem que a prioridade devia ser dada ao ser humano, aqui está ela. Ajudar as abelhas é ajudar todos nós - a reflorestação das nossas zonas ardidas e termos comida na mesa depende destes insectos completamente desvalorizados.
Este não é um daqueles exemplos que parecem distantes geograficamente e que por isso podem parecer fantasia - a dona Palmira Cruz tem 100 anos, é de Linda-a-Velha, e vai ao ginásio 5 dias por semana. A sua saúde mental e fÃsica é invejável. Ela encontrou no ginásio um escape depois da morte do marido e é um exemplo para as gerações mais jovens (mesmo que isso signifique acima dos 70 anos!). Há pessoas que encontraram nela um exemplo e uma força para elas próprias fugirem à inércia e à solidão da terceira idade.
A mulher que assistiu a duas guerras mundiais não tem filhos, mas adoptou como sua a filha da madrasta que morreu bem cedo. Apesar de ter esta filha e "netos emprestados", prefere morar sozinha e faz quase tudo sem ajuda - tem apenas uma empregada uma vez por semana que faz os trabalhos mais difÃceis. De resto, cozinha, limpa e vai ao ginásio como gente grande.
Sendo uma solitária que adora desporto, revejo-me totalmente nesta senhora, e quem me dera poder chegar a esta idade, se tiver esta destreza, genica e clareza das ideias. Dona Palmira, você é grande!
Conheçam aqui a sua história.
A mulher que assistiu a duas guerras mundiais não tem filhos, mas adoptou como sua a filha da madrasta que morreu bem cedo. Apesar de ter esta filha e "netos emprestados", prefere morar sozinha e faz quase tudo sem ajuda - tem apenas uma empregada uma vez por semana que faz os trabalhos mais difÃceis. De resto, cozinha, limpa e vai ao ginásio como gente grande.
Sendo uma solitária que adora desporto, revejo-me totalmente nesta senhora, e quem me dera poder chegar a esta idade, se tiver esta destreza, genica e clareza das ideias. Dona Palmira, você é grande!
Conheçam aqui a sua história.
"Mesmo assim, seca-me a boca e emborco uma cerveja para me dessedentar."
in Todos os Pássaros do Céu, de Evie Wyld (2014)
Eu sei, eu sei. Esta tira-se pelo sentido mas pareceu-me rebuscada e arcaica o suficiente para merecer menção. Ora:
des·se·den·tar
verbo transitivo e pronominal
Matar a sede a alguém ou a si próprio. = REFRESCAR, SACIAR
Fácil! Tão simples como tirar a sede. Assim, quando virem alguém a beber água, digam-lhes que estão a dessedentar. Quem sabe se não irão ficar com a pulga atrás da orelha e marcam uma consulta...
Sabemos perfeitamente quem é o pai de quem, mas não deixa de ser engraçado. Este bastidor em ponto cruz foi pedido por uma amiga fã de um dos maiores vilões de sempre, e aqui está ele, um Darth Vader cheio de piada.
Este podia ser o slogan do Texas, onde é mais fácil ter uma arma do que terminar o secundário. O último ataque que vitimou dezenas de pessoas numa igreja é só mais uma demonstração da estupidez que assola o paÃs das maravilhas bélicas. Ser portador de armas numa igreja, para começar, é legal. Porque nunca se sabe quando será preciso provar a fé derramando sangue por Cristo, porque o vinho é overrated.
O filho da puta é um "atirador", portanto, nada de terrorismo aqui, de acordo com a Comunicação Social. Mais um caso isolado a juntar a inúmeros outros debaixo do tapete. Estes casos isolados ultrapassam em muito os movidos por ideologias polÃticas, os chamados actos de terrorismo que se diferenciam pela cor da pele, basicamente.
O presidente Caca-Trump veio dizer que o problema não são as armas, é a doença mental. Pois claro. As armas não se disparam sozinhas. Pobres delas. O facto de uma pessoa com problemas mentais poder aceder a armas mais rapidamente do que comer um Big Mac é um dano colateral, e pelos vistos vale a pena correr esse risco. Quando o Caca-Presidente é patrocinado pela NRA, a única coisa que podemos pedir é que todos os casos de risco sejam detectados rapidamente para assim se poder evitar a tragédia - um cenário completamente digno do mundo do Dr. Seuss.
Todo o derramamento de sangue é lamentável. A diferença de tratamento de quando se trata de um crime polÃtico motivado por pessoas de outra etnia ou um destes casos em que um branco católico é o culpado é inaceitável. É preciso agarrar todos os problemas pelos cornos, e não só aqueles que vêm do Médio Oriente. O terrorismo interno é uma realidade, as mortes são reais, as famÃlias inteiras dizimadas são igualmente reais. Mas faltam os tomates para fazer alguma coisa. Quando é para limpar merda, começa-se dentro de casa...
O filho da puta é um "atirador", portanto, nada de terrorismo aqui, de acordo com a Comunicação Social. Mais um caso isolado a juntar a inúmeros outros debaixo do tapete. Estes casos isolados ultrapassam em muito os movidos por ideologias polÃticas, os chamados actos de terrorismo que se diferenciam pela cor da pele, basicamente.
O presidente Caca-Trump veio dizer que o problema não são as armas, é a doença mental. Pois claro. As armas não se disparam sozinhas. Pobres delas. O facto de uma pessoa com problemas mentais poder aceder a armas mais rapidamente do que comer um Big Mac é um dano colateral, e pelos vistos vale a pena correr esse risco. Quando o Caca-Presidente é patrocinado pela NRA, a única coisa que podemos pedir é que todos os casos de risco sejam detectados rapidamente para assim se poder evitar a tragédia - um cenário completamente digno do mundo do Dr. Seuss.
Todo o derramamento de sangue é lamentável. A diferença de tratamento de quando se trata de um crime polÃtico motivado por pessoas de outra etnia ou um destes casos em que um branco católico é o culpado é inaceitável. É preciso agarrar todos os problemas pelos cornos, e não só aqueles que vêm do Médio Oriente. O terrorismo interno é uma realidade, as mortes são reais, as famÃlias inteiras dizimadas são igualmente reais. Mas faltam os tomates para fazer alguma coisa. Quando é para limpar merda, começa-se dentro de casa...
O caçador, veterano em seguir pistas, e a agente, formam então uma parelha que vai perseguir a verdade, apesar de o caso não merecer a devida atenção por parte dos superiores. Somos inseridos numa investigação difÃcil que acompanhamos desde o momento em que a rapariga nativa americana aparece morta no meio da neve, descalça e pobremente vestida, a 8km da casa mais próxima, até descobrirmos o que se passou, que será revelado em duas cenas finais de tirar o fôlego.
Isto é baseado em factos reais e uma das premissas do filme é chamar a atenção para isso mesmo - o facto de não ser dada a devida atenção às comunidades nativo americanas, onde, em particular, imensas raparigas desaparecem sem deixar rasto e não há o menor interesse das autoridades no assunto.
Os cenários são fantásticos, onde o branco predomina e as intempéries não perdoam, dando uma aura melancólica ao filme, que, emprestada à banda sonora composta por Nick Cave Warren Ellis, o tornam numa obra sublime que ultrapassa o argumento.