Palavras do Abismo


Já saiu há algumas semanas, e desde então as reacções têm sido mais do que positivas, eu diria efusivas. Dei-lhe algum tempo para fermentar, mas não me parece que venha a adorar o novo disco dos Radiohead, "A Moon Shaped Moon".

Podem chamar-me Velha do Restelo, mas tenho de o dizer: antigamente é que era! Que é feito do espírito louco da Paranoid Android, do sentimentalismo da Karma Police, do alucinante Jigsaw Falling Into Place? Que aconteceu à tristeza de Videotape, à beleza e negrume da Street Spirit (Fade Out), às lágrimas que Fake Plastic Trees me provocam? Para mim, Radiohead é até 2007, ano do álbum "In Rainbows". Depois, foi uma mistura de identidades e de estilos sem grande emoção. É a minha opinião, mas é claro que as bandas têm o direito a mudar, e não têm de agradar a todos. Estava com esperança de ver um pouco das raízes neste novo álbum, mas a única coisa que me provocou foi sono.

Parece-me demasiado linear, sinto falta de algum poder de fogo, de um apelar ao sentimento no qual eles são (eram) especialistas. São canções bonitas, nada mais. E de canções bonitas está o mundo cheio. Deles, esperava o extraordinário, sons de outro mundo, o impensável. Não encontro nada disso e não vou adorar só porque é Radiohead, uma das minhas bandas preferidas. Aos que encontraram um álbum espectacular, bom para vocês, fico feliz por vos ter tocado, adorava que me tivesse acontecido o mesmo. Não devo ser assim tão "artística"...

Tirando umas três malhas interessantes e dois videoclips muito bem feitos, estou desiludida. E fiquei com um certo medo do concerto que irei ver no NOS Alive. É o tipo de música para ouvir antes de ir para a cama, ou para ser a banda sonora de um dramalhão, não para um festival. E queria tanto, tanto ver Radiohead. Não podem fazer um best-of para mim? Vá lá!

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Pessoas que não me viam há algum tempo têm-me dito que estou muito mais magra. Perguntam o que tenho feito. Algumas (gajas) perguntam se estou bem, se tenho comido, se estou doente. Típico. Filhas, estou óptima - com mais força, mais veloz, mais forte e com mais energia do que nunca! Parem de ser cabras invejosas.

Eu não era gorda nem tinha sequer peso a mais. Só que tinha 58kg e agora tenho 52kg (tenho 1,63m) e numa pessoa já de si magra nota-se a diferença. Podem parar de me perguntar o que fiz - vou deixar aqui a lista inacreditável que me fez perder peso, sem eu o querer.

1. Como o que quero!
Não vou para a cama sem comer uma fatia de brigadeiro ou comer um chocolate. Nunca! Todos os dias assim é. Não me inibo de comer nada, especialmente nos meus frequentes desejos por pizza ou batatas fritas do Mac banhadas em gelado.

2. Como o dia inteiro
Desde que me levanto até me deitar estou constantemente a comer. Até almoçar, como três pequenos almoços e faço também três lanches.

3. Marmitas
Apesar de no meu trabalho existir cantina e cafetaria, não compro lá nada. Faço tudo em casa e assim programo todas as minhas refeições e sei que exactamente aquilo que estou a comer.

4. Atenção às quantidades ao almoço e janar
Almoço e janto normalmente, mas em quantidades pequenas. Comer o dia inteiro ajuda a não enfardar que nem uma mula às refeições principais. Habituei-me tanto a comer pouco que, quando não me aguento e como que nem uma ursa, acontece frequentemente acabar por me gregar toda, maldisposta.

5. Atenção aos snacks
As refeições intermédias são muito importantes, mas convém que sejam como deve ser. Esqueçam as barras de cereais do supermercado ou os cereais de pacote - isso são poços de açúcar (eu sei, o brigadeiro também, mas cada um tem de chegar à sua quantidade ideal de açúcar e fazer escolhas). Num dia típico, entre refeições, como aveia, barras de proteína, fruta, cenouras, frutos secos e iogurtes naturais (preferencialmente de soja) com granola de chocolate. Não digo que não a ocasionais pacotes de Ruffles quando o corpo pede...

6. Não como mais do que duas peças de fruta por dia
O que é que a fruta tem? Açúcar! Apesar de não ser refinado e ser 1000 vezes mais saudável do que este, é açúcar e ingerido em grandes quantidades, e combinado com os outros alimentos, faz mal, e incha...

7. Adeus aos derivados animais
Deixei de comer carne há ano e meio e evito derivados animais a todo o custo. Não foi com o objectivo de emagrecer (como em nada desta lista), mas sim por consciência ambiental e por ser uma fervorosa defensora dos animais. Acontece que a minha massa gorda, neste ano e meio, já baixou quase 8%. Coincidência? Claro que não. O nosso corpo não foi feito para isso. Ou acham que beber leite de vaca, que estas utilizam para fazer borregos de 90kg crescer, faz algum bem ao humano? O leite animal está cheio de hormonas e gorduras que não processamos e o que acontece é que inchamos que nem bezerros! E é apenas um exemplo. Uso manteiga de soja, natas de soja, leite de soja, de amêndoas ou de caju, iogurtes de soja...

8. Substituir os alimentos certos
Para além destas substituições da carne e dos derivados animais, há outras. Há coisas que não consigo nem quero substituir (como o meu adorado e lindo brigadeiro. E as serraduras. E os Kit Kats), por isso ataquei aquelas que não me importava que saíssem da minha vida. Alguns exemplos. Deixei a Nutella de lado e uso manteiga de amendoim. Não a do supermercado cheia de porcarias, mas sim a das lojas de desporto. Não como as barras de cereais do supermercado, mas sim as de proteínas, também das lojas de desporto. Deixei de comer cereais de pacote ao pequeno almoço e agora como aveia com diferentes variações - com canela, banana, arroz tufado, granola, framboesas... O açúcar refinado saiu de minha casa para dar lugar ao açúcar de cana, bem mais natural.

9. Os dias da loucura
No fundo, os meus dias de loucura são todos os dias, já que o brigadeiro está em todos eles, mas ao fim de semana é a desbunda total. Ele é folhados de chocolate, croissants com chocolate, crepes com chocolate, topping de chocolate directamente pela garganta abaixo, serraduras, profiteroles, enfim, como não faço marmitas ao fim de semana espalho-me ao comprido, com muito gosto.

10. Mexo-me!
Ora aqui está o mais importante. É impossível ficarem em forma sendo uns preguiçosos do cacete. Vou ao ginásio de segunda a sexta (enquanto os meus colegas vão enfardar sentados em esplanadas, ocupo a hora do almoço no ginásio) e tanto dou no ferro, como faço cardio que nem uma desalmada, ou faço ioga. É importante fazer treinos variados porque o corpo é uma coisa muito inteligente, habitua-se rapidamente às rotinas, e depois não oferece resultados. Nos últimos meses tenho feito planos de treino totalmente personalizados para mim e os resultados são ainda mais brutais. Até já está a espreitar o início de um promissor 6pack (que estaria mais evidente se o brigadeiro não fosse o meu melhor amigo). O plano custa 20€ e renovo-o de 2 em 2 meses, por isso não fica nada caro. Ao fim de semana também não paro, ora estou a limpar porcaria no voluntariado, ora a fazer caminhadas, a jogar à bola ou volei na praia, e quando não tenho tempo arranjo 20 minutos e faço ioga em casa a partir de um vídeo qualquer do Youtube. Dou primazia às escadas em vez do elevador. Enfim, mexo-me!


11. Cada corpo é um corpo
Não sigam a minha lista! Isto é o que resulta comigo, o que me faz sentir bem. Cada um é diferente e vão ter de descobrir os vossos segredos, um passo de cada vez. 


Vou repetir, nada disto foi / é feito com o objectivo de emagrecer, mas aconteceu. Queria apenas poupar os animais e ser mais saudável para treinar melhor e ser melhor atleta. E sinto-me lindamente. As minhas análises periódicas também estão bem, muito obrigado, escusam de me perguntar se estou doente. Fico doente é de ver preguiçosos e invejosos, então quando são uma e a mesma pessoa... distância e namaste!

PS: O meu mais que tudo pode atestar a veracidade destas afirmações. Cada vez que me vê pegar no brigadeiro e nos chocolates chama-me gorda, revira os olhos e rói-se por dentro :)



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Os bugchasers são uma espécie de gente muito estranha. Eles procuram infectar-se com Sida, de propósito. Sim, vou repetir. Eles querem contrair o vírus da Sida. E para isso envolvem-se em orgias secretas, sem protecção, onde pelo menos um dos envolvidos tem o vírus. Apesar de ser uma práctica que já dura há décadas envolta em secretismo, há relatos jornalísticos de que é a mais recente moda em Espanha e que está a tomar grandes proporções.

Os envolvidos justificam-se dizendo que a situação de risco proporciona-lhes o extremo prazer sexual. Por outras palavras, dá-lhes um tesão do caraças poder fazer o amor e contrair uma doença possivelmente mortal. Epá, que fixe. Tenho outras ideias de risco para vós que podem dar modas espectaculares:
  • Fazer o amor numa banheira cheia de seringas com malária
  • Entrar todo nu numa jaula de um leão com um bife enrolado nos genitais
  • Ir para uma arena e provocar um touro com um papel vermelho no buraco do cu
  • Entrar numa convenção vegan com uns lombinhos de porco de cebolada
  • Partam todos os espelhos e vidros que têm em casa no chão e rebolem-se todos nus
  • Deixem de beber água e substituam-na por xixi de toxicodependentes 
  • Batam à porta do Bruno de Carvalho vestidos integralmente de vermelho
  • Vão ao Palácio do Kebab e dêem uma chapada ao Mustafa
  • Entalem as pilinhas na porta de um forno a 250º
  • Lavem o corpinho com os restos hospitalares do Santa Maria
E se precisarem de mais ideias estúpidas contactem-me.
Não consigo entender isto nem um bocadinho.

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"Comecei a folhear. (...) As primeiras fotografias eram grandes planos de conas rapadas e não se ouvia um som do ajuntamento, ninguém ria, ninguém soltava sequer gargalhadas, era um silêncio sepulcral. Folheei mais apressadamente, eram conas vistas de cima e de baixo, páginas inteiras com rachas na diagonal de canto a canto. Mas lá para o fim começava a melhorar, mulheres inteiras, grandes meloas, pentelheira farta, mas de repente apareceu uma fotografia com um gajo deitado com a cara toda entre as pernas de uma mulher.
- O qu' é qu' ele tá a fazer? - inquiriu uma voz.
- 'Tá a lamber - disse outra voz que era o Gunnar, saíra do cubículo, sorridente.
Fez-se um instante de silêncio, silêncio total.
- A lamber?
- A lamber a cona da gaja, não vês - disse outra voz.
O Dragão revolvia os olhos, um pouco afastado.
- Iá.
- E a qu' é que... a qu' é que... que sabe?
- Sabe a relva - disse-lhe logo - se tiveres sorte. Mas s'apanhares uma azeda sabe a chouriço e sapatilhas de borracha."

in Beatles, de Lars Saabye Christensen (1984)

Depois de roubar uma revista erótica do irmão mais velho, Gunnar e uns quantos rapazes da turma foram folheá-la para a casa de banho. E assim pela primeira vez viram conas rapadas. Não gostaram. Pentelheiras bem abonadas é que era! Este livro sobre um grupo de rapazes que venera os Beatles tem pérolas assim, fantásticas.


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Ninguém, neste mundo e no outro, algum dia substituirá Freddy Mercury. E Adam Lambert sabe isso, e disse-o, os restantes elementos dos Queen também o sabem, e cada um de nós também o deveria saber. Partindo deste princípio e depois de Adam ter posto os pontos nos i's sobre isto, parece que o público se soltou.

Foi um enorme prazer ver os colossos Brian May na guitarra e Roger Taylor na bateria. Estes homens levam os Queen às costas mas o peso das décadas não se faz sentir. O talento não morre nem esmorece. Eles sabem o que fazem, são dos melhores do mundo, e o resultado foi um concerto enorme que alimentou a sede de ver os Queen a mais de 70 mil pessoas. Adam Lambert teve consciência, do princípio ao fim, da honra que é partilhar o palco com eles. O rapaz esteve impecável, é um cantor e pêras, é extremamente simpático e espirituoso e um entertainer do caraças. Não consigo imaginar ninguém melhor para estar naquele lugar.

Os momentos em que Freddy apareceu nos ecrãs foram de ir às lágrimas. Todos temos saudades. Todos sabemos que foi um homem determinante para o mundo inteiro e que nunca vai voltar. Mas podemos e devemos celebrá-lo. E foi exactamente isso que se fez. Com a "Under Pressure" a imagem de David Bowie também surgiu e foi aí que fui a autêntica maria madalena. Resumindo, foi uma celebração aos Queen, ao Freddy, que fez o dia valer completamente a pena.

Quanto aos outros artistas do dia de ontem no Rock in Rio, Fergie fez praticamente um concerto de covers, mas pelo menos lá energia (e mamas) a moça tinha. Mika, apesar do óptimo artista que é, não me enche as medidas e passei a maioria do tempo a bocejar. O ponto alto foi mesmo quando tentou cantar o fado e levou Marisa às cavalitas até ao palco. De resto, é o festival que conhecemos, igual a si mesmo. Um mar de gente infinito, filas para tudo e marcas em todo o lado. É ver o povo sem se importar de estar horas numa fila para arranjar um sofá insuflável, uma t-shirt ou outra porcaria qualquer. A restauração cada vez tem mais barracas, e cada vez há menos espaço e lugares para uma pessoa se sentar a comer. Impera a cultura das selfies e do vestir bem, enfim, nada de novo. Faz-me ter saudades do Reverence Valada, o festival no meio da natureza onde não há marcas e humilhações públicas para se ganhar um lenço da Vodafone, onde se privilegia a comida biológica e o contacto com o natural. Mas a vida é mesmo assim, é um festival feito para as massas e tenho de engolir.

Ficam alguns notas para a senhora Medina:

É injusto pagarmos o mesmo preço por um bilhete diário e vermos menos bandas.
Até agora o Rock in Rio teve sempre 4 bandas no palco principal, e agora levamos com 3 e com menos qualidade. Longe vai o tempo em que vi, por exemplo, Metallica, Machine Head, Moonspell e Apocalyptica no mesmo dia. Isso sim, foi um dia coerente e que valeu o dinheiro.

Ninguém quer ver um musical da merda
Abrir o palco principal com um musical merdoso não vale. Metam-nos num palco secundário ou no meio das pessoas. É um insulto um bilhete custar 60 e tal euros e vermos o palco Mundo abrir com uma dúzia de gatos pingados a fazer covers mal amanhadas, ainda por cima todos os dias do festival. Aquele gajo das novelas que "canta" e que é o actor principal desta trapalhada mais valia estar quieto.

Onde está o metal?
Desde os primórdios do Rock in Rio o rock mais pesado esteve sempre presente. Metallica, Machine Head, Slipknot, Moonspell, Rammstein, Sepultura, são exemplos que já me fizeram as delícias, mas parece que são tempos que não vão voltar. É uma tendência dos festivais eliminarem o metal e é uma pena. Este ano temos os Korn, médios representantes do género que nem sequer são cabeças de cartaz. Uma banda de covers são os cabeças de cartaz nesse dia. Ridículo. O Rio de Janeiro o ano passado teve direito aos System of a Down, Metallica, Mötley Crüe, Slipknot, Faith No More, Queens of The Stone Age, Mastodon e Gojira e aqui é isto.

Queremos ver coisas novas!
Ivete Sangalo e Xutos qualquer dia têm casa montada no Parque da Bela Vista. Embora hajam pessoas que queiram levantar poeira todos os dias se for preciso, o bilhete não é propriamente barato para andar sempre a ver as mesmas coisas.

23h45 não é hora para começar concertos
Isto se começasse a horas, o que não aconteceu, longe disso. Portugal é atrasado até aqui. Nos festivais lá fora assisti a concertos desde as 11h00 e com os headliners a começar no máximo às 22h00. Por amor de deus, em Inglaterra (Sonisphere) vi os Metallica começarem às 20h00, ainda de dia! As pessoas podem ficar a conviver no fim, se quiserem, ou ir para casa tranquilamente de transportes públicos. Aqui é sempre a mesma merda. Porque é que o musical do cocó não começou às 17h00 e antecipavam-se os outros concertos em 2 horas? Assim a debandada geral no fim do concerto amezinava-se e as pessoas podiam deixar o carro em casa.

Até hoje nunca falhei uma edição do Rock in Rio, mas com estas tendências daqui a 2 anos logo se vê. Este ano está despachado para mim, e os Queen com o senhor Adam fizeram valer a pena.


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É uma práctica nojenta que existe há tantos anos e ainda ninguém conseguiu acabar com ela. Todos os cães que aparecem no Santuário de Fátima são apanhados e levados para uma caixa nas traseiras onde ficam retidos muitas vezes semanas seguidas, sem água ou comida, sem protecção para a chuva, o frio ou o sol intenso, simplesmente ficam ali a morrer até serem abatidos de vez.

Sempre que contactada, a Reitoria alega que procedem assim para defender a saúde pública. Claro. É super eficiente enviar dezenas de cães atafulhados para uma caixa a sofrer e a morrer lentamente. É completamente ético o que estão a fazer. Vai completamente ao encontro da mensagem de amor e fraternidade que apregoam. Mas que merda de demagogia é esta? Porque é que não admitem que o que querem é manter a área "limpa" para os peregrinos, os turistas e a imprensa do mundo não verem o "degredo" que é ter cães abandonados num local tão "sagrado"?

Degredo é não respeitar a vida do próximo, seja em que forma ela vier. Degredo é optar pela solução fácil em vez da ética. Degredo é pôr os problemas debaixo do tapete para parecerem santos imaculados. Degredo é usar a palavra de deus para recolherem os donativos dos crentes e não usarem a desmedida riqueza que têm para ajudar a construir um canil e promover a esterilização e a adopção. E, se não quiserem ter esse trabalho, que contactem quem queira, porque já muita gente tentou fazê-lo e esbarrou com o vosso descaramento em encobrir a situação. Degredo é dizer que deus é amor, estender a mão ao próximo, ser solidário, ajudar, e pelas costas serem uns assassinos.

Numa zona onde o que conta é fazer dinheiro à custa da crença dos outros, é muito difícil fazer da ajuda aos animais uma prioridade, mas por favor, saiam da frente. Não se metam. Valham alguns dos seguranças que conseguiram resgatar alguns animais mas que não vão mais para a frente com medo de represálias. Infelizmente outros há que se vão divertir a bater nos animais já de si em sofrimento. Também há quem os mate com veneno para a praça estar sempre "limpinha" de bichos. Que vão todos para o inferno e levem os vossos santinhos convosco!

Entretanto o que podemos fazer? Assinar a petição, pressionar a reitoria do santuário com telefonemas (249 539 600), fazer pressão para a Câmara de Ourém dar seguimento a um canil (249 540 900 ou preenchendo o formulário aqui - embora seja difícil porque eles sabem o que se passa e não fazem um corno). E é apelar à queixa-crime (por parte do PAN ou da Animal por exemplo) e para o pessoal da zona é ir lá e tentar salvar um patudo. Não podemos ficar indiferentes. Chega de crueldade totalmente não-cristã!



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"Dezembro, sem neve, só um frio claro e argênteo. E persistentemente aquela ansiedade."

in "Beatles", de Lars Saabye Christensen (1984)
Ora aqui está mais uma bela aquisição para a minha bagagem de palavras novas. Argênteo. Acho que nunca antes tinha lido semelhante coisa. Ora vejamos.

ar·gên·te·o
adjectivo
De prata

E pronto, era só isto. Simples. Tão simples que até me pergunto se não serei a única pessoa que não sabia isto. Não faz mal. Agora fiquei a saber que tenho um anel argênteo e que quando está nublado e acabou de chover está assim um pouco argênteo também. E que as cascatas quando o sol bate, a água parece argêntea. E a neblina torna tudo argênteo. Gostei.


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Foi com a poderosa música "Zombie" que conheci os The Cranberries na minha adolescência. Achei porreira a voz da vocalista, Dolores O'Riordan, e explorei mais. Apesar de gostar mais das músicas com algum poder de fogo, onde a sua voz mais se distingue, foi a primeira banda onde uma mulher vocalista me cativou.

Há 6 anos atrás vi a banda no Campo Pequeno e a sua voz ao vivo não desiludiu e a sua presença em palco é única. Foi das poucas vezes na minha vida em que paguei para ver uma banda liderada por uma mulher (assim de repente só me estou a lembrar dos Gotan Project).

Hoje em dia já mal consigo ouvir a "Zombie", mas restam umas 3 ou 4 canções cantadas pela Dolores na minha playlist. Uma delas é a "Linger", uma das outras é esta "Promises", com a irlandesa no tal registo poderoso que gosto de ouvir. É uma voz que eu reconheceria em qualquer lugar no mundo, e penso ser a única mulher de quem posso dizer isso.

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Ao ler isto lembrei-me da única vez em que usei saltos altos. Foi há uns 9 anos. Depois da faculdade estava num estágio não remunerado e um amigo que era piloto de aviões disse-me que ia haver concurso para hospedeiras de bordo na companhia aérea onde trabalhava. Pensei que viajar durante uns tempos e a ganhar bem seria brutal, nem que fosse só por um ano ou dois até conseguir trabalhar na minha área. Sabia duas línguas, tinha as medidas e peso exigidos e acreditava que passaria nos testes físicos. Incentivada pelo meu amigo, decidi ir à entrevista.

O problema foi a vestimenta. Sendo uma maria-rapaz, não tinha sequer uma saia para vestir. Lá fui comprar um fato de saia-casaco e uns sapatos pretos de salto médio, embora aqueles 6 ou 7 centímetros para mim parecessem a Torre Eiffel. Chegado o dia, o meu amigo estava de serviço e fui de autocarro. Chegada ao aeroporto, deparei-me com uma quantidade enorme de pavilhões e ruazinhas e andei um bom bocado de um lado para o outro pedindo informações até chegar ao local certo.

Por esta altura, claro que já estava aflita dos pés. Inexperiente como era e continuo a ser, não levei uns chinelos na mala, nem sequer pensos rápidos. Chegada ao local, entrei numa sala com dezenas de raparigas à espera e não havia nem um lugar para me sentar. Esperei, esperei, esperei, durante horas. A dor que tinha nos pés já me estava a fazer perder o juízo. Fui à casa de banho, descalcei-me e era sangue, feridas e bolhas por todo o lado. Quase chorei. Meti bocados de papel higiénico e voltei à sala de espera, mas já era demasiado. Não aguentei e fui-me embora.

Para além de ter sido a primeira e única vez que usei saltos altos, também foi a primeira vez que desisti de alguma coisa. Ainda hoje me pergunto onde poderia estar caso tivesse aguentado, mas nem vale a pena. Não fui talhada para estas coisas femininas. E ao ler isto fico triste porque não entendo a justificação da sociedade para continuar a dar mais valor às aparências do que ao trabalho, ao esforço e à dedicação. Os passageiros morriam se as hospedeiras usassem sabrinas? Os cafés deixavam de ser feitos se as secretárias usassem sapatos rasos?

Tanto se liga às aparências e esquecem-se que as pessoas de mau carácter que nos roubam todos os dias usam fato e gravata e sapatos a brilhar.


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No ano de 1959, nove alpinistas experientes e quase todos provenientes do Instituto Politécnico de Ural fizeram uma expedição aos Montes Urais com o objectivo de chegar à montanha Otorten, percurso considerado de alto risco na altura. No dia 2 de fevereiro todos morreram. Nos três anos seguintes o percurso foi interdito.

O incidente está envolto em vários mistérios devido às circunstâncias em que os corpos foram encontrados. As tendas tinham sido rasgadas de dentro para fora. Seis membros do grupo morreram de hipotermia e os outros três morreram de traumatismos fatais - um tinha o crânio fracturado, outro tinha lesões cerebrais e faltava a língua a uma alpinista. Tinham pouca roupa vestida apesar dos vários graus negativos. Posteriores testes forenses indicaram a presença de radioactividade nas roupas das vítimas e a pele deles estava acastanhada.

Ao que parece, algo tão perturbador provocou o pânico no acampamento ao ponto de todos terem desatado a correr lá para fora, com pouca roupa apesar das temperaturas extremas. Como não houve sobreviventes provavelmente nunca saberemos o que aconteceu. As teorias foram muitas ao longo dos anos - avalanche, testes militares e até mesmo o Yeti são algumas delas.

Adoro eventos inexplicáveis ao estilo X-Files e não sabia da existência deste até ver o filme The Dyatlov Pass Incident. Fiquei estarrecida quando soube que era inspirado em factos reais. E é assim que se aprendem coisas novas.


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Guillermo Del Toro é conhecido pelas personagens únicas que cria e o "Labirinto do Fauno" é a prova suprema disso. Com uma imaginação sem limites a puxar para o darkside, é normal que a sua mente criativa esteja constantemente rodeada dos detalhes mais macabros e de personagens marcantes.

Esta é a casa dele. Que inveja. Se tivesse dinheiro à farta uma coisa que faria seria ter pelo menos uma sala temática com objectos e bonecos do terror. Teria algumas máquinas de tortura do Saw, representações em tamanho real do Freddy Krueger, Jason, Frankenstein, Chucky, Michael Myers ou Hannibal, instrumentos como a serra eléctrica do Massacre no Texas, a faca do Scream ou o machado do The Shinning.

Para finalizar e homenagear aqui o Gui, uma peça central seria também um dos seus vampiros que criou para a série The Strain (segunda imagem). São dos melhores monstros que já vi nos últimos tempos.











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Existirem touradas já é suficientemente mau. As autarquias darem dinheiro para essa práctica medieval torna tudo ainda mais ridículo.

É por isso que é de louvar quando as autarquias dizem "basta" a usar o dinheiro do povo para perpetuar essa demonstração de tortura. Aires Pereira, presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, decidiu deixar de oferecer a arena de touros para a realização das touradas e vai passar a cobrar 8.000€ de aluguer. Dinheiros públicos vão deixar de patrocinar uma barbaridade que já nem devia sequer existir. Não deve fazer muita diferença porque a malta das touradas tem muito papel, mas é um grande passo em frente.

Para além disso, vai ser feito um investimento anual para acabar com o abate no canil municipal, e que será também usado para o alargamento das instalações e despesas gerais. Nada me parece melhor ideia do que deixar de dar dinheiro a um evento sádico para passar a apoiar causas nobres.

Sonho com o dia, e acredito que estarei viva para o ver, em que não existirão mais touradas. Um mundo onde seres vivos não serão levados contra a sua vontade para uma praça onde serão provocados e torturados. Já chega de 'atrasadismo' mental. A evolução está aí.



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Hoje houve zumzum nas redes socias devido a uma crónica de um tal Pedro Afonso que se auto-intitula de "Médico Psiquiatra". Se não sabem do que estou a falar, podem ver aqui. E o que diz este senhor? Basicamente, que não vale a pena estar a repudiar actos de maus tratos contra animais, quando nos devemos preocupar é com as práticas sadomasoquistas em tendência crescente desde o fenómeno das Cinquenta Sombras de Grey. Que as ondas que se elevaram contra o jovem que mandou o cão da ponte abaixo, por exemplo, são despropositadas porque há gente que gosta de levar tau-tau.

Caro Pedro Afonso, algumas coisas que pelos vistos ninguém lhe ensinou nesse curso de psiquiatria:

Sadomasoquismo não é violência
É sim uma práctica entre duas ou mais pessoas completamente consentida. Fazem dela parte actos submissos e porventura existe dor e sofrimento, mas é porque os envolvidos assim o querem. É uma fantasia sexual como qualquer outra. Há pessoas que desejam sexo em público, em grupo, que trocam de parceiros, e há outras que gostam de levar ou dar tau-tau. É consentido, estão em acordo, qual é o seu problema? Não sobrou nenhum chicote para si? Acontecem acidentes? Claro. Também já morreram pessoas com corta-unhas e não é por isso que vamos bani-los do mundo. Assim como já morreram centenas de pessoas durante um acto sexual dito "normal", e o que vai fazer, transformar o povo em eunucos?

Não compare alhos com bogalhos
Devo ser muito burra para não compreender a relação entre os problemas que refere. Quer dizer que se eu gostar de levar umas lambadas na fronha durante o sexo não posso denunciar ou queixar-me às autoridades de maus tratos a animais? O que é que as minhas preferências sexuais têm que ver com o que quer que seja? Não tenho o direito de enfrentar quem promove a violência animal porque o mundo está cheio de gente que gosta que lhes apertem o pescoço quando se estão quase a vir? Poupe-me! É a mesma coisa que dizer que hoje não faço almoço porque a televisão está ligada. Sem sentido!

Não é violência doméstica que quer repudiar?
Talvez o senhor se tenha confundido, e ainda vai a tempo de se corrigir. Não trocou o sadomasoquismo com a violência doméstica? Eu espero que sim! Porque um é uma práctica sexual desejada e fantasiosa entre dois adultos e que você nem ninguém têm algo a ver com isso, e outra é realmente um grave problema da sociedade, especialmente para muitas mulheres que sofrem em silêncio. Mas olhe... mesmo assim, podemos e devemos levantar-nos contra esse flagelo ao mesmo tempo que defendemos os animais. Sim, é possível apoiar mais do que uma causa ao mesmo tempo! Surpreendido?

Nem comento o resto das suas declarações. Não vale a pena. Você parece-me uma pessoa de mente fechada que usa um galardão ao peito para justificar o que não consegue compreender ou aceitar, cheio de falsa moral. E na minha terra isso é ser-se bronco.


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É comum ver os pavões do ginásio a olharem-se ao espelho, a fazerem músculo e a compararem-se com os amigos. Eles tocam-se, admiram-se, trocam galhardetes, elogios e bocas de escárnio. Usam aqueles tops com buracos para os braços que chegam ao umbigo, onde 'inadvertidamente' mostram os mamilos furados, as tatuagens e o grande bronze.
Lá andam eles, todos inchados, ombros para trás, peito espetado e andar gingão, dando uns olhares de relance para as melhores gajas, mas nada que se compare às vezes em que se miram a si próprios ao espelho. Fazem peito, bíceps e tríceps, ombros e costas como se não houvesse amanhã. Não há supinos suficientes para eles.

Quem os vê tão confiantes estranha tamanho amor-próprio quando se lhes olha para as pernas. Ou melhor, perninhas, pernocas, alicates, paus de vassoura, pouco mais do que cotonetes. Estes rapazes estão tão preocupados em encher a peitaça que se esquecem de trabalhar uma parte fundamental do corpo. Afinal, as pernas quase nunca aparecem nas selfies. Para quê se preocuparem?

Moços, por favor não faltem ao dia de perna. É para o vosso bem. Se o vosso objectivo é sacar gajas, julgam que o olhar delas vai parar na vossa cintura? Não, elas vêm a big picture, acreditem em mim. E nenhuma quer um gajo com perna mais fininha que ela. Se em vez disso têm motivação estética ou de saúde, acreditem também que o equilíbrio e a proporcionalidade corporais são das coisas mais desejáveis que podem ter.

Terem um tronco de uma árvore e perninhas de alicate faz de vós não os pavões que julgam que são, mas flamingos. Pensem bem que ave rara querem ser!


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 A ideia não é pioneira (já existe em Berlim), mas agora abriu em Paris um supermercado que não usa qualquer embalagem ou saco de plástico e vende apenas produtos biológicos. Tudo a granel.

O facto de não existirem embalagens tem várias vantagens. A maior, para mim, é que se compra apenas aquilo de que se precisa. Evita-se o desperdício e poupa-se dinheiro. Depois, é um comércio amigo do ambiente. Sem plástico, sem cartão, sem vidros, nada. Cada pessoa leva a sua embalagem que pode usar vezes sem conta. Para quem se esquecer de levar, existem à venda recipientes feitos de algodão orgânico.

A loja chama-se Biocoop 21 (o nome vem da COP 21, a Conferência do Clima da ONU) e vende avulso mais de 250 produtos de todos os tipos, desde pão, detergente, shampoo, queijo, massas, arroz, manteiga, pães, café, e muito mais. Tudo orgânico e produzido localmente.

Se temos uma forma de comprar que nos permite poupar dinheiro, promover a produção local e ajudar o ambiente, o que nos impede de importar esta ideia fantástica?


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Não gosto nem costumo ouvir Kylie Minogue a solo. Não tenho por hábito ouvir pop nem aprecio as composições básicas desse estilo aliadas às tendências electrónicas, e talvez por isso se justifique o afastamento. Não ligava nenhuma à Kylie, até há alguns anos atrás quando ouvi Where The Wild Roses Grow pela primeira vez. Um dueto com Nick Cave que aconteceu há mais de 20 anos e que foi um grande marco na carreira dos dois.

Nela, Kylie está num registo mais grave e controlado, muitas vezes sussurrado, acompanhando o conhecido timbre da voz de Nick Cave. A música é calma, melódica, e nunca tinha ouvido Kylie assim. E adorei. É verdade que continuo sem gostar de a ouvir a solo, mas dei-me ao trabalho de a ouvir melhor e respeito-a. Já é um grande avanço na minha aversão às vozes de gaja.

Esta música é "só" umas das minhas favoritas de sempre e a letra é um diálogo entre um assassino e a vítima. E Nick Cave compo-la a pensar especificamente em Kylie (mórbido, como eu gosto) e só por isso vale aqui a menção à mulher que deu origem a esta obra-prima.

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Nos países asiáticos existe uma prática nojenta, uma indústria suja que move demasiado dinheiro. É a extracção de bílis dos ursos. Estes são mantidos em jaulas do tamanho de cabines telefónicas e sofrem horrores e em condições deploráveis para que lhes seja extraída a bílis, usada naqueles países para a medicina tradicional.

Depois de anos a sofrer desta tortura, o urso Tuffy foi resgatado por um santuário vietnamita, a Animal Asia. Estava magro, desidratado e numa tristeza e agonia absolutas. Assim que tomou consciência da sua salvação e se viu com um lago à disposição, o urso tem uma das maiores manifestações de alegria que já vi e que podem testemunhar no vídeo abaixo. É impossível imaginar o que é ser-se preso e maltratado para benefício de outros, mas a palavra para isso é escravatura. Escravizar é errado seja com humanos ou animais. É não ter escrúpulos, não olhar a meios, não ter um pingo de respeito por nada e achar, erradamente, que se está no topo da cadeia de comando do mundo.

Desde a sua existência, a Animal Asia já resgatou mais de 600 ursos desta indústria macabra, mas só na China ainda existem 10.000 ursos a sofrer da extracção da bílis por métodos dolorosos e indignos. Apesar da alegria que sinto ao ver o chapinhar da liberdade do Tuffy, há um longo caminho a percorrer e muito a sensibilizar, há que passar a palavra, ajudar, denunciar, porque não têm o direito de fazer isto. Não têm.

Mas depois vemos esta imagem e aquece-nos o coração saber que há pessoas com corações do tamanho do mundo, que se importam, e que permitiram que isto acontecesse:



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Este país tem tanto talento, e infelizmente muitas vezes não é reconhecido dentro de portas. André Vicente Gonçalves é português e já foi falado no The Times, no Washington Post, na CNN, no The Telegraph e em tantas outras publicações de renome internacional. Ficou conhecido com o projecto "Windows of The World", onde junta fotografias de janelas de todo o mundo, incluindo de Portugal, e cria belíssimos mosaicos onde a composição, as cores e as formas dão origem a trabalhos únicos.

Recentemente, André foi notícia novamente pelo trabalho que fez dentro do mesmo género, mas desta vez, com portas. Foi nesse momento que conheci o seu trabalho, e já fui tarde. Em baixo podem ver alguns exemplos, e é tão curioso perceber o que une a singularidade de cada país, até por uma 'simples' porta. Até a luz e os reflexos são diferentes. Olhar e comparar os materiais usados, as formas e acessórios, é um elemento diferenciador que o fotógrafo conseguiu captar com exímia perícia, mostrando-nos que as portas, que tantas vezes ignoramos ou passamos sem verdadeiramente olhar, também foram feitas para serem admiradas. Também são identidade.

Este jovem que começou por estudar informática na Universidade de Évora não demorou muito a descobrir que aquilo não era para ele. Olhando para o seu trabalho dá para ver que tomou a decisão certa. É um fotógrafo fantástico e basta passear um pouco pelo seu portefólio para o perceber. O espírito de aventura aliado ao olho de fotógrafo deram nisto que podem ver.


Portugal

 
Inglaterra

Espanha


Roménia


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Ruth Darrah é professora numa escola no Michigan e apercebeu-se que uma pata fez ninho no pátio da escola. Todos os anos a Vanessa (assim foi chamada a pata) tinha dificuldades em levar os patinhos recém-nascidos para a água, e a professora decidiu, e muito bem, desamparar a loja, que é como quem diz, a escola, e expulsar toda a gente para, todos os anos, Vanessa e os seus patinhos chegarem a bom porto.

Há 13 anos que todos os anos Vanessa abre alas para os seus patinhos, e que fofinhos eles são a atravessar a escola. Como se se estivessem a preparar para a vida no sítio certo. Uma grande vénia à professora que se mostrou sensível à situação e que convenceu toda uma escola a desaparecer para deixar os bichos à vontade, se bem que para os alunos não deva ser muito difícil abandonar o barco por momentos.

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Chama-se "Post Pop Depression", foi lançado em março e já o ouvi tantas vezes que é seguro afirmar que é do caraças, sem dúvida um dos álbuns do ano. Foi produzido pelo Josh Homme dos Queens of The Stone Age, e a influência topa-se à légua. Para além disso contou ainda com a contribuição de Dean Fertita, também dos Queens of The Stone Age, e de Matt Helders, baterista dos Arctic Monkeys. Esta mistura resultou em pleno.

Tenho de destacar "American Valhalla" como minha música preferida do álbum (vídeo em baixo), seguidas de "Gardenia" e "Break Into Your Heart". O disco ouve-se muito bem do princípio ao fim, é de um rock melódico extraordinário, com letras fabulosas escritas por Iggy e Homme, cheio de ritmos viciantes. Iggy tem uma vivacidade e uma sagacidade notáveis, das melhores da sua geração. Faz parte do restrito clube dos génios. Aconselho vivamente que dêem uma espreitadela.

David Bowie foi o antigo produtor de Iggy Pop e eram os melhores amigos. E nota-se que o disco tem muito de Bowie também. Quase nos 70 anos, Iggy Pop está em excelente forma (física e musical), e por isso esperemos que não seja enviado demasiado cedo para junto do seu amigo. 69 anos é uma idade perigosa hoje em dia...

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Ontem fui ver os Muse ao MEO Arena - a primeira de duas noites seguidas em Lisboa, completamente esgotadas. Os fãs de Muse em Portugal têm sido fiéis ao máximo e têm correspondido com muito amor às visitas da banda, apesar de não serem raras.

Pela primeira vez, assisti a um concerto no balcão 2 e sofri. Sofri, primeiro, porque o som não é a mesma coisa. Já tinha ouvido tantas queixas sobre o som do pavilhão mas esta foi a primeira vez que o senti na pele. Até hoje, na plateia, não tinha tido razões de queixa. É como se o som chegasse lá em cima esvaído e com algum eco e a experiência não é a mesma.

Sofri, em segundo lugar, porque não é sítio para mim. Que frustrante é não poder pular à vontade no meio da multidão, gritar com os braços no ar sem saber bem para onde ir por já não conseguir ver o palco, sentir o calor sufocante e escorrer água por estar apertada entre milhares de pessoas ou tirar só fotos desfocadas por não conseguir estar quieta. Estar em cadeiras num concerto de rock, mesmo que se esteja em pé, a abanar ligeiramente o corpito para não incomodar ninguém, é para mim como entrar na fábrica da Milka e não poder tocar nem provar nada.

Independentemente disso e falando do concerto, foi um espectáculo visual de se lhe tirar o chapéu. Não me lembro de ter visto um concerto tão impressionante na concepção de vídeo e luz aliados ao palco 360º. E a verdade é que só o pude usufruir por estar no balcão 2 (embora não seja argumento para eu o preferir). Os Muse são sempre competentes naquilo que fazem e ontem assim foi, mas tenho a impressão que já vi concertos deles mais emocionantes que este, mas lá está, pode ter sido da minha "distância" do palco e do público.

Os Muse são das minhas bandas preferidas, ouço-os há imensos anos e tenho assistido a uma mudança do seu paradigma e na forma de fazerem música e de darem concertos. Todas as bandas têm direito a experimentar coisas novas, mas a crueza do rock dos anos 90 transformou-se num repertório maioritariamente com tendências electrónicas que, apesar da qualidade, não me toca como nos antigamentes. De qualquer modo, mais um concerto fantástico. E a voz do Matt é aquela base, todos os dias do ano.


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"Uma dor de cabeça atormentava-lhe as têmporas, e o mundo parecia definir-se e obnubilar-se em ciclos lentos e ébrios."

in Os Tommyknockers, de Stephen King (1987)

O mundo quê? Obnubila? Ob.. Ai. Como queria saber o que afinal aconteceu ao mundo tive de ir investigar o significado de estranha palavra.

ob·nu·bi·lar
verbo transitivo e pronominal
1. Tornar ou ficar escuro. = ESCURECER
verbo transitivo
2. Produzir obnubilações em; causar sintoma ou pródromo caracterizado por deslumbramentos ou ofuscações.

Bem, depois disto terei de ir ver o que significa "pródomo", mas dá para perceber que o mundo parecia escurecer e ofuscar-se em ciclos lentos e ébrios. Já vou dormir mais descansada.

 
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