Palavras do Abismo

É normal que um clube queira dar relevância à sua cor principal, especialmente em competições ou eventos oficiais onde todos os olhares estão postos nos atletas. Aí, faz sentido não usar as cores dos rivais, obviamente. É uma questão de bom senso. O que não faz sentido é:
 
  • Colocar em contrato que um jogador não pode usar vermelho na roupa e nos acessórios em qualquer deslocação da equipa. Isto significa, por exemplo, que um atleta que faça a viagem de autocarro ou avião a ouvir música num leitor de mp3 vermelho tem aí um motivo de rescisão de contrato. Rapazes, é bom que tenham os recibos guardados.
  • Não haver restrições contratuais na utilização da cor azul. Isto só mostra que o Presidente do Sporting, mais do que qualquer outra coisa, é Anti-Benfica. Ele respira Benfica, passa o tempo a pensar no Benfica, a insultar o Benfica, a fazer comunicados sobre o Benfica, enfim, que o tiro não lhe saia por outra culatra. Ele tem de manter um olho no burro e outro no cigano, senão quem lhe faz a folha é o cigano do Norte e ele nem dá por ela.
  • Pelos vistos, os atletas vão ter com a direcção quando querem utilizar alguma coisa que se aproxime do vermelho mas que não é bem o vermelho do Benfica. Uma coisa boa sai disto: um novo posto de trabalho foi aberto para o gajo que faz julgamentos com uma palete de tons de vermelho à frente!
  • E quem gosta de Ferraris? Está lixado. Ferrari que é Ferrari é vermelho, por isso é bom que amochem, marcas de carros de luxo há muitas, amanhem-se!
  • E as operações de publicidade? Os jogadores do Benfica e do Porto usam frequentemente, por exemplo, chuteiras verdes (e de outras cores) porque são representantes da marca e têm obrigações contratuais. Portanto, atletas do Sporting, nada de assinarem com Adidas e Nikes da vida sem discutirem primeiro a tal palete de tons de vermelho!
  • Voar na Fly Emirates está obviamente fora de questão. Nem que se pague a dobrar para ir noutra companhia aérea.
Pelas entrevistas que o presidente do Sporting dá, esta "regra" também extrapola para a sua vida pessoal. Será que ele e a mulher mandam fazer peluches e cartões personalizados com corações verdes no dia dos namorados? Será que os filhos estão proibidos de usar e dizer a palavra "vermelho"? E como fazem no Natal? Se a mulher dele gostar de rosas vermelhas, é motivo para violência doméstica? Se ela usar baton vermelho é expulsa de casa? E lingerie vermelha? É que lingerie verde não é aquela cena muito ligada à sensualidade... Durante os jogos e campeonatos da Seleção das diferentes modalidades ele rói-se todo por dentro?

Eu compreendo o princípio da coisa, juro que entendo, mas acho que a personalidade controladora de Bruno de Carvalho fez isto descambar para um nível de ditadura desnecessário, e estas coisas só fazem com que cresça o ódio entre adeptos de uma e outra equipa. E nós queremos rivalidades saudáveis, de ódio já estamos cheios.

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Na semana passada um jogo entre as equipas brasileiras do Oeste e Capivariano viu-se interrompido pela presença de um penetra bem fofinho: um cão quis ser a estrela e meteu-se no campo. Após ter fugido de algumas tentativas de ser apanhado, lá se deixou agarrar por um dos jogadores, e o ar de descontração do cão ao colo diz tudo - nasceu para ser uma estrela e transportado em braços de grandes talentos!

Melhor ainda é a mensagem do comentador no final do vídeo: "Tratar bem um animal, um cachorro, é o mínimo que o ser humano pode dar de retribuição a tudo aquilo que eles dão para a gente". Uma mensagem tão importante como esta, em directo para o país e com tantos espectadores, é de uma importância vital e faz mais pelo respeito à vida e pela construção de carácter do que muito do que se passa naquele país.

Aproveitar este momento para passar esta mensagem merece uma vénia sentida aqui de Portugal.

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O gajo que se lembrou de pôr a música The Sound of Silence de Simon & Garfunkel como plano de fundo do vídeo postado em baixo é um génio. Numa entrevista sobre o filme Batman V Super-Homem: O Despertar da Justiça o entrevistador menciona as críticas negativas que o filme está a ter e enquanto Henry Cavill responde a uma questão, Ben Affleck fica com uma cara tão abatida e pensativa que a banda sonora escolhida assenta que nem uma luva. Está divinal.

Quanto ao filme... vi-o há uns dias (sem ter lido uma única crítica) e saí de lá desolada. Não me vou alongar porque seria impossível fazer uma análise completa sem spoilar e por isso vou restringir-me ao essencial.

  • É um filme demasiado longo ao qual eu tirava cerca de uma hora em que simplesmente não acontece nada de jeito. Cheguei a bocejar longamente, várias vezes.
  • O título do filme pouco tem a ver com o conteúdo. Então a parte do "Despertar da Justiça"... justiça de quê? De quem? Onde?
  • A presença da Wonder Woman só se justifica pela necessidade de ter uma gaja boa no filme.
  • A presença da Lois Lane não se justifica de maneira nenhuma.
  • As inconsistências são mais do que muitas.
  • Um dos momentos principais de tensão no filme termina devido a uma mera coincidência de eventos.
  • Existem várias ocasiões em que as personagens estão a sonhar, e esses sonhos não levam a lado nenhum. A não ser aos meus bocejos.
  • O Lex Luthor mais parece um Joker sem maquilhagem. 
  • Este Batman é uma versão bronca da coisa, sem a inteligência e raciocínio lógico aos quais já estávamos habituados.
  • O monstro (que aparece nos trailers) é apenas uma coisa gigante e a maneira como surge parece escrita em cima do joelho.
Talvez daqui a uns tempos, quando puder spoilar, escreva sobre coisas mais concretas, mas sinceramente nem me apetece fazer mais comentários sobre um filme que achei mediano. Ou se calhar as minhas expectativas é que estavam altas, mas com tanto investimento, publicidade e escarcéu, estava à espera de, pelo menos, não ter estado à beira de adormecer.

Fãs, não se exaltem, vocês lá sabem da vossa vida.

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Sabem aquelas sessões fotográficas com bebés que os casais metem no Facebook? Fotos com cores neutras, cheias de suavidade, de sorrisos, de carinho, ou então em cenários com florinhas, solinho e relvinha linda?

Primeiro, casais, ninguém quer saber. A não ser pessoas que gostam de se meter na vida dos outros e rir daquela borbulha no meio da vossa testa, da vossa má forma física pós-parto, dos vossos sorrisos amarelos conscientes de que a vossa vida agora é limpar cocó, enquanto comentam que são uma família linda e invejável. Segundo, já que é fixe fazer sessões fotográficas com algo que amamos, porque não fazê-lo com um burrito?

Foi isso que os comediantes e amigos MK Paulsen e Ella Gale fizeram. Estou a falar da tortilha mexicana e não de um burro pequeno, embora também pudesse ser. Os dois fizeram uma sessão fotográfica cheia de amor, carinho, trocas de olhares fofinhas e muita cumplicidade, tudo pela paixão de ambos ao delicioso burrito. Quando se partilha um amor assim, tem de ser fotografado.

Eu entendo, juro que entendo. Fiquei cheia de vontade de fazer uma sessão com a torta de leite condensado do Continente, essa cabra linda e adorável que me tem nas palminhas.





Mais no Bored Panda.
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"Não achas que tens idade para vestir uns blazers ou pelo menos usar uns sapatos que não sejam ténis"? Não, mãe, lamento. Posso ter 30 mas a minha prioridade é sentir-me confortável. Eu trabalho o dia todo num escritório e estou confortável com uma tshirt, ténis e calças de ganga. Usar sapatos e roupa bonitinha e engomada vai aumentar a minha produtividade? Vai ajudar-me a correr para apanhar o comboio? Não, pelo contrário.

Não há cá coisas como vestir-se de acordo com a idade. Temos é de nos sentir confortáveis e à vontade. E a campanha da Desigual com Alicia Borrás, de 70 anos, vem corroborar isto. A mulher é linda, mas ainda fica mais encantadora com roupas "jovens". Se mais marcas apostassem neste tipo de comunicação talvez muitos estigmas se quebrassem.

É tudo marketing e vendas, eu sei, mas usar uma pita escanzelada com os mamilos à mostra é a opção óbvia e comum e é bom pôr os olhos em coisas destas de vez em quando.


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Como não adorar um canal que nos mostra:

- Casamentos ciganos gigantescos
- Uma gaja que fala com mortos
- Damas de honor com dor de cotovelo
- Pessoas tão gordas que precisam de gruas para sair de casa
- Pesssoas tão feias que se submetem a estes programas para encontrar par
- O dia-a-dia de uma família de anões
- O gajo que não se consegue decidir por uma mulher e por isso dedica-se à poligamia (e as quatro mulheres estão na boa com isso)
- Estrangeiros que casam por interesse
- A vida de uma gorda professora de dança
- Noivas à porrada por um vestido
- Pessoas que pedem ajuda para melhorar os perfis das redes sociais a fim de engatarem online
- Gajas da máfia italiana que matariam por uma manicure em condições
- Pessoas com dificuldades em encontrar o amor porque têm problemas estranhos, como os intestinos a sair para fora da barriga ou uma quantidade de suor sobre-humana
- Pais que escolhem maridos para as filhas porque elas já estão desesperadas
- Tatuagens nojentas, como uma mulher com pichas no lugar dos mamilos
- Acidentes estranhos que acontecem durante o sexo
- Pessoas cujo único objectivo na vida é juntar cupões de desconto dos supermercados
- Operações cirúrgicas que correram mal e deixaram as gajas com cimento na cara em vez de botox
- Pessoas que procuram comunidades naturistas para andarem sempre com tudo ao léu
- Miúdas transformadas em verdadeiras cabras em concursos de beleza
- Um casal com 8 filhos à beira do suicídio
- A vida de um homosexual que anda pelo país a vender vestidos de noiva
- Gajas que só sabem vestir-se à puta e querem ajuda para parecerem menos oferecidas
- Pessoas que acumulam tanto lixo em casa que já cagam no chão porque não conseguem chegar à sanita
- A vida dos Amish que nunca viram cona, chegam a Nova Iorque e ficam cheios de tesão


Isto é lindo. E é real. Não estou a gozar em nenhum destes pontos. Este canal é fantástico e uma cura certa para a depressão porque nos mostra que há sempre alguém pior do que nós. Podíamos ter cimento na testa e estamos safos.

E não, não me esqueci da Honey Boo Boo... Simplesmente deixei o melhor para o fim.



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Tenho uma colega, coitada da desgraçada, que não tem dinheiro para um par de calças. Todos os dias se apresenta com cintos, ou bocados de tecido, que a tapam apenas até ao limite da patareca. Tenho pena da menina. Esta semana houve granizo e tudo, foi um inverno frio e chuvoso, e ela deve passar muito mal. Ainda por cima também não tem dinheiro para umas botas, porque aqueles saltos de agulha sexy que estão mesmo a pedi-las mal sobreviveram a todas as estações.

Apesar das dificuldades que passa, a menina tem sempre um sorriso na cara. Principalmente quando está a falar com altas chefias. Aí, é todo um mar de risinhos fininhos e, coitada, a saia lá lhe sobe mais um bocadinho. Toda a gente sabe que quando nos rimos assim para as chefias a roupa tende a desaparecer.

Estou a poucos dias de lhe deixar 10 paus na mesa dela para ela ir à Primark comprar um par de calças. Coitada.

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Qual Shark Tank qual quê? Para quê ir pedinchar dinheiro e roçar a humilhação na televisão, quando se pode ir para a rua e vender qualquer coisa de extraordinário?

Se na China vendem ar, porque não vender neste cantinho à beira-mar plantado o que o mundo tem de melhor? Este senhor vende água da maior onda gigante do mundo, e eu tenho outras ideias de negócio caso alguém queira aproveitar:

- Água do Tejo, que varreu Lisboa em 1755
- Suor do Jonas
- O granizo que caíu em Lisboa há dias
- A última menstruação de Betty Grafstein (de há 70 anos atrás)
- O cuspe que o Diego Costa mandou para a bota do árbitro
- Pintelhos loiros da Irina Shayk - item raro
- Diarreia dos americanos que se borram de medo que o Trump ganhe
- As unhas dos pés do Cristiano Ronaldo
- Lágrimas do homem cuja mulher lhe arrancou os tomates
- Urina limpa para passar nos testes da medicina do trabalho

E a lista podia continuar, já que não somos especialistas em muita coisa mas temos mestrado em banha da cobra. Fôssemos todos empreendedores aqui como o Sr. Ramiro.


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Apanhei boleia de um crocodilo gigante. Super normal, eram os táxis do meu sonho. Íamos 4 ou 5 pessoas no lombo do crocodilo navegando pela cidade. O animal, à vontade em terra e na água, atravessava as ruas, os rios, os passeios, tudo, com uma ligeireza brutal. 

Mas neste mundo imaginário os coitados dos crocodilos eram frequentemente atacados por outra espécie ainda maior. Se viram o filme Mundo Jurássico lembram-se certamente daquele animal aquático fantástico e enorme que engolia tudo o que se pusesse a jeito. Pois, era isso. Se não se lembram, avivem a memória na imagem abaixo. O táxi-crocodilo ia a atravessar o Tejo para me levar à Margem Sul e as coisas começaram a correr mal quando apareceu o dito cujo.

Depois de uma breve pesquisa fiquei a saber que o dinossauro existiu mesmo e chamava-se Mosasaurus. Pois bem, o Mosasaurus atacou o meu meio de transporte e foi o pânico. Era só marradas e dentadas entre os monstruosos animais e eu e os outros passageiros andávamos por ali abandalhados mas segurámo-nos bem, não sei como. Só que mais valia termos largado o raio do crocodilo, porque o Mosasaurus acabou por nos engolir inteirinhos.

Por lá ficámos, explorando o espaço, qual Moby Dick dos tempos jurássicos, e depois acordei. Não fiquei a saber se ia viver até ser velhinha dentro do bicho, ou se ia ser desfeita em pó pelos seus ácidos estomacais. Portanto, tudo isto foi uma mistura da Guerra dos Tronos, Mundo Jurássico, Moby Dick e um filme do Syfy. A Margem Sul está cada vez mais perigosa.

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"As florestas não são como os outros espaços. Para começar são tridimensionais. As suas árvores rodeiam-nos, abafam-nos, comprimem-nos de todos os lados, obstruem a vista, deixam-nos baralhados e sem referências. Fazem-nos sentir pequenos, confundidos e vulneráveis, como se fôssemos uma criança pequena perdida numa multidão de pernas estranhas. Num deserto ou pradaria sabemos que estamos num grande espaço. Numa floresta apenas podemos pressenti-lo. São um vasto e incaracterístico nenhures."

in "Por Aqui e Por Ali", de Bill Bryson (1998) 

E é isto. Caminhar na floresta dá-nos a noção da nossa pequenez, de que somos um grão de pó no mundo. Somos minúsculos comparados com as árvores, somos frágeis perto dos troncos centenários, somos insignificantes perante a força dos riachos e ribeiros que as atravessam desde sempre. Na floresta não importa onde estamos - tudo ao nosso redor é igual. Árvores, folhas, ramos, o céu lá em cima, o chilrear dos pássaros como música de fundo. Só num cenário assim chegamos ao fundo de nós próprios, largamos as manias e as coisas que possuímos, libertamo-nos de obrigações e o tempo deixa de importar. Testemunhamos a pureza, alcançamos a paz. 

Protejam as florestas. Não estraguem os maiores templos que o mundo tem.

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Não é um exagero - todas as semanas vejo alguém a cortar as unhas em locais públicos. Mas que raio? Sou só eu que acho que cortar as unhas é um acto de higiene pessoal e que deve ser feito dentro de portas? Seja no metro, no comboio, nos bancos dos jardins, em esplanadas, vejo vezes demais pessoas que sacam do corta-unhas e despacham a coisa logo ali.

Primeiro - quem é que anda com um corta-unhas para todo o lado? Será que não saem de casa sem ele e o consideram tão importante como a carteira ou o passe? Será que voltam atrás para ir buscar o corta-unhas caso se esqueçam dele em casa?

Segundo - é nojento! Eu não quero ver as vossas unhacas a cair nos locais por onde passo. Sei lá onde andaram a meter as mãos e quantos milhares de bactérias elas transportam para o meu caminho.

Terceiro - é lixo! Os vossos restos corporais não são para ir para o chão, ainda para mais as partes que não são biodegradáveis. Preferia que arreassem o calhau na rua (nada que eu não tivesse já presenciado também). Pelo menos cocó é bem-vindo na natureza e ainda serve de fertilizante.

Quarto - as unhas saltam para todo o lado! Se estão a cortá-las no comboio, é impossível que controlem a direcção para onde as unhas voam, tanto pode ser para o chão como para dentro da minha mochila, para o cabelo de alguém, para o carrinho de algum bebé ou para a boca de alguém que a tenha aberta...

Sou eu que estou a exagerar? Se calhar fiquei traumatizada porque quando dividia casa com duas raparigas, tive de entrar no quarto de uma delas para ir buscar o ferro de engomar e deparei-me com várias dezenas de unhas no chão. Ou estiveram lá as amigas a fazer uma pijama party em que o tema era cortar as unhas para o chão, ou então era só uma porca do caralho.

Será o próximo passo levarem cotonetes nos bolsos e tirarem a cera à frente da minha cara?


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Há 45 anos atrás (!!), os Pink Floyd fizeram História ao tocar no anfiteatro romano de Pompeia com o propósito de fazer um documentário / concerto. Filmaram durante 4 dias, e as músicas foram tocadas sem qualquer público, no meio do nada, num cenário histórico onde antes gladiadores lutavam, naquele que é o anfiteatro romano mais antigo do mundo.

Ainda eu nem era um espermatozóide quando foi gravada em Pompeia a Echoes, essa música icónica com mais de 25 minutos cujos acordes ainda me arrepiam desde a nuca ao rego do cu de todas as vezes que ouço. Aquela mística, aquela calma, o espaço vazio, a música a espalhar-se para o nada, o simbolismo, nunca tiveram igual em momento algum.

E agora David Gilmour concordou em voltar. O vocalista principal da banda vai dar dois concertos em Pompeia em julho e não consigo exprimir a vontade que tenho de vender tudo o que tenho e agarrar a oportunidade única de ver um dos meus maiores ídolos num dos mais maravilhosos cenários de sempre.

É daquelas coisas que dá um aperto no peito, por saber que esta merda vai esgotar antes de eu conseguir juntar dinheiro para um pequeno almoço em Roma.

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Portanto, as pessoas estão a sofrer, a fugir de uma guerra, separadas da família. Deixaram tudo para trás, têm crianças nos braços, um cansaço visível em todo o corpo, têm meses de espera e desespero pela frente, não sabem o que lhes vai acontecer, mas houve um gajo que olhou para aqueles homens em apuros e ficou com tanta tesão que criou uma conta no Instagram com os refugiados mais sexy.

A ideia é polémica, mas a conta já tem milhares de seguidores. Partiu de um indivíduo norte-americano que prefere manter o anonimato (consegue-se imaginar o porquê) e não sei se hei-de rir ou chorar. Numa entrevista ao The Cut, disse que deu por si a ver imagens dos refugiados na Grécia e a distrair-se com a sua boa aparência...

Por mim, o senhor está desculpado porque as suas intenções não parecem ser más, e bem, se houver alguma senhora ou senhor ricos que se apaixonem, pode ser o dia de sorte para alguma daquelas caras larocas.


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Desde os clássicos Rocky que nunca mais um filme de boxe (e de porrada em geral) me encheu as medidas. Nem o recente Creed, com Stallone nomeado para Melhor Actor Secundário, me disse nada. Até agora.

Aviso já que sou suspeita porque adoro o Jake Gyllenhaal. Era eu pita, e ele pouco mais velho, quando fez o Donnie Darko e bastou isso para me fazer "apaixonar" perdidamente. O raio do coelho nunca me saiu da cabeça. Até hoje interpretou grandes papéis - em Jarhead, Nightcrawler e Brokeback Mountain - apenas alguns exemplos de filmes onde esteve muitíssimo bem, e hoje posso dizer que é um dos actores mais camaleónicos que conheço. Faz todo o tipo de papéis com alta qualidade, e acho que tem passado um bocado ao lado do conhecimento de muito boa gente. Por baixo do radar, como dizem, o que é totalmente injusto.

Southpaw traz-nos um Jake que se transfigurou para o papel ao fazer 3000 abdominais por dia de modo a parecer-se ao máximo com um profissional do boxe. O filme traz-nos alguns inevitáveis clichés - a perda de alguém, o desejo de vingança - mas acima de tudo mostra-nos como é bater no fundo, deixar de ter algo a perder e ter de recomeçar com menos do que zero. Vemos a amargura e a impotência estampadas no rosto de um homem que não o fez por merecer. Acompanhamos a sua luta interior, mais forte do que todas as outras em que entra, um combate estóico consigo próprio.

Portanto, não costumo gostar de filmes de pancada, mas... este é uma excepção que recomendo aos fãs do género, e não só. E quem não gosta do Jake pode ficar contente também, que o homem está constantemente a levar nas trombas.





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Sim, sou uma nerd dos bordados e faço ponto cruz. Talvez este sonho tenha surgido por estar com dificuldades em encontrar uma retrosaria que venda linhas de ponto cruz perto da minha casa.

No sonho, era o dia de abertura da Primark do Fórum Almada, e eu lá fui espreitar as modas. Depois de cirandar por lá sem destino, vejo umas escadas misteriosas para um piso inferior e fui descobrir o que se passava lá em baixo. Eis que me deparo com o paraíso dos trabalhos manuais e há tudo do bom e do melhor: máquinas de costura, tecidos giríssimos, aplicações, fechos, botões, tesouras, agulhas, tudo o que se possa imaginar.

Mas o que mais me captou a atenção foi uma enorme redoma de vidro cheia de linhas para ponto cruz. Todas as cores do mundo, meadas com brilhos e degradés, tudo ali à minha disposição e a minha alegria foi tanta que me joguei lá para dentro e nadei no meio delas. Bruços e costas e ainda mariposa num mar de linhas raras e abençoadas.

Depois acordei e caiu-me a ficha - não há linhas de ponto cruz na Primark e lá tive de percorrer 10 quilómetros para ir comprar as malditas linhas. Mas fica a dica, Primark...


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Hoje no Metro estava a ler e pelo canto do olho apercebi-me de umas certas movimentações. Uma miúda dos seus 16 anos estava agarrada ao ferro (aquele tipo varão) a dançar à patroa, com os phones metidos, perdida no seu mundo.

Cabelo encaracolado indomável, óculos de aros cor-de-rosa, dentes grandes, alta e magricela, lá estava ela, dona daquilo tudo a mexer o corpito magro vendo-se no reflexo das portas. Estava ali a sentir mesmo a vibe, compenetrada. Não é que os passos fossem grande coisa, mas fiquei feliz porque dançar em qualquer lado como se ninguém estivesse a ver deve ser mesmo libertador. Dei por mim a invejá-la, ali a sacudir os seus males sem se importar com os olhares de soslaio. Que boa deve ser a sensação de ser-se alegre a fazer "figuras tristes".

Só que depois vi-a encolher os ombros, falar sozinha para o seu lado esquerdo onde não estava ninguém, sacudir a cabeça em sinal afirmativo, fez um adeus para o vazio, e pronto, afinal era só uma maluquinha. Mas dançar como se ninguém estivesse a ver deve ser bom à mesma.


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Estou longe de casa e penso em ti, que lá ficaste. A sós, à minha espera. Fantasio todo o dia com o momento em que chego a casa e te como toda. Fazes-me mal, és tóxica, deturpas-me o corpo e tomas-me conta da mente. Mas mesmo assim adoro-te.

Tenho de me limpar de ti, constantemente. Vou ao ginásio espairecer e farto-me de correr, como se estivesse a fugir de ti, mas mesmo parada corres mais do que eu e apanhas-me. Agarras-me com esses braços que não consigo ver enquanto suo e expulso as tuas maldições.

Sonho acordada com a tua seiva doce que me satisfaz como poucas e fico com ânsias pelo dia seguinte, pelo momento em que finalmente te ponho as mãos em cima outra vez. Para estar contigo, cheirar-te, lamber-te, morder-te. Vicias-me. Pára com isso. Pára de existir. Enquanto existires, tens-me nas mãos, sou tua, mais do que tu és minha.

Não há nada que se compare a ti. Nada. Acredita que já procurei. Mas acabas sempre por atravessar o meu caminho. Não te consigo escapar. Enquanto existires, a minha alma é tua. Sou-te fiel e não quero mais nada. Será que pensas em mim da mesma maneira?

Porra, torta de leite condensado do Continente. Não sei o que te metem mas quero comer-te todos os dias até morrer.



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Merda de mundo, merda de gente. Merda de era em que vale tudo para eternizar em pixels o que quer que seja que traga likes, comentários, notoriedade, partilhas. Merda para a falta de respeito pelos outros seres vivos para literalmente ficar bem na fotografia.

Uma turista búlgara arrastou um cisne pela asa para fora de um lago para tirar a merda de uma foto e acabou por matá-lo. O cisne, habituado aos humanos, não ofereceu muita resistência. E ela tirou a foto, foi-se embora, deixando-o cair e a morrer sozinho.

Minha puta sem respeito. Sabes o que merecias? Ser presa pelos cabelos ao meu tubo de escape e arrastar-te pela estrada fora. Que te arrancasse a porra da cabeça para tirar uma fotografia linda para mandar ao teu namorado que ainda tirou a merda da foto impávido e sereno.

Cambada de gente imbecil, tiram-me do sério.


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Sou pouco mulher. Só sei que o sou porque uma vez por mês largo sangue por um orifício, porque tenho duas coisas penduradas no peito, glúteos desenvolvidos e porque não consigo mijar de pé sem me molhar pelas pernas abaixo. De resto, sou pouco gaja. Não sou romântica, não uso maquilhagem, não me produzo, não gosto de receber flores, odeio dançar, não uso vestidos nem saltos altos, não sonho com o casamento, não quero ter filhos. Odeio bebés. A última vez que fui ao cabeleireiro foi há 5 anos. Como cereja no topo do bolo, sou campeã no arroto e dou peidos com sons muito engraçados (perguntem ao meu namorado, que pouca graça lhes acha mas no fundo ri-se em silêncio). Digo palavrões a toda a hora. Conduzo agressivamente e mando toda a gente à merda. Tenho mau feitio, respondo torto, não faço fretes, não tenho sensibilidade. Uso t-shirts de bandas, de filmes e séries. Gosto de jogos de porrada e de carros. Gosto de ver bola, de discutir bola, de mandar bitaites sobre bola e de jogar à bola. Gosto de dar no ferro no ginásio. Gosto de whisky e de vodka, de tatuagens e piercings, de metal e de ir para o moche. Gosto de filmes onde todos morrem, com muito sangue, violência e tripas de fora. E de porno, obviamente.

Não se enganem, quando olham para mim dá para perceber que sou gaja (não sou daquelas que levantam dúvidas). Mas por dentro sinto-me um bocado homem porque tudo o que eu gosto e faço é normalmente atribuído a esse género. E podem crer que é uma vida estranha. As femininas olham para mim com uma certa pena, como se os meus genes estivessem trocados e sofresse de alguma doença. Também com um certo medo, diga-se. Às vezes conto-lhes os meus gostos só para lhes satisfazer a curiosidade e respondem que não posso estar a falar a sério. Deve ser por isso que nunca tive muitas amigas.

Ninguém sabe muito bem como lidar comigo. Sofro nestas alturas porque as pessoas não sabem o que me dizer ou oferecer. Se me conhecerem bem dão-me um livro (decente, e não da Margarida Rebelo Pinto). Se me conhecerem mal passo o Natal ou os anos a receber coisas de enxoval com motivos florais. Foda-se, deem-me o dinheiro. O meu próprio pai mandou-me fotos de rosas com "feliz dia da mulher" e tenho de morder os beiços para não lhe dizer que me conhece há 30 anos e não sabe que prefiro fotos de membros decepados do que de flores.

Não ser feminina não é fácil. Para mim, é ouvir a vida toda que uma mulher não arrota assim. Mas é um talento que herdei da minha mãe, que herdou da minha avó, que herdou da minha bisavó alcóolica, e contra a genética não há argumentos. Feliz dia da mulher para todas as que vivem com um pouco de cromossoma Y - vocês, nós, somos umas incompreendidas e raramente lembradas. Mas no fundo estamos confortáveis, felizes e a cagarmo-nos, certo?

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Sabem o que são bágoas? Eu não sabia. E graças a Valter Hugo Mãe e ao seu "O filho de mil homens" fiquei a saber:

"Muito mais tarde, já anos mais tarde e muita mais solidão em redor, o Antonino disse: são bágoas. E ela perguntou: que fazes tu esbagoado, olha que homem não chora. Ele disse: então talvez seja ainda apenas um rapaz. A Matilde acrescentou: depois de tanta manhã e noite, ninguém fica rapaz. Já estás com corpo todo para casar. Estás atrasado. Tens de casar, Antonino, há tantas moças. Escolher uma moça, fazer-lhes filhos e mais nada."

Sim, bágoas são lágrimas. Estar-se lacrimejante é estar-se esbagoado. Este livro ensinou-me muita coisa, incluindo este novo termo que vou adoptar, porque bágoa rima com mágoa, e nada rima mais com estar magoado com que esbagoado.


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Estava eu a almoçar com o meu namorado à mesa da sala, e de um momento para o outro as paredes, o chão e o tecto ficaram invisíveis. Não só as da minha casa, mas de todo o prédio e de todo o bairro, até onde a vista alcançava. Conseguia ver para dentro das casas de toda a gente. Fiquei perplexa, e mais ainda quando me apercebi que era a única com este "poder". O meu namorado continuou a comer, os meus gatos continuaram de um lado para o outro.

E eu olhei à volta e comecei a reparar nas coisas que se estavam a passar. O meu vizinho de baixo estava de cuecas no sofá a ver a Júlia Pinheiro, com a sua barriga proeminente a servir de poiso para o comando da televisão. A mulher dele estava por perto a passar a ferro, e o filho de ambos estava a bater uma punheta no quarto. Graças a deus debaixo dos lençóis.

Do outro lado da rua, um casal gorducho fazia o amor. Na casa por baixo deles uma mãe deu um chapadão à filha. No prédio ao meu lado uma miúda fazia ioga seguindo-se por vídeos do Youtube. Olhei para cima - oh não - e a cinquentona flácida estava a fazer a depilação às virinhas com uma gilette.

Uma sensação de desamparo apoderou-se de mim (neste ponto, não sei se provocadas pela vertigem de não ter chão ou se pela visão monstruosa da selva púbica da vizinha) e acordei, com chão, paredes, tecto e tudo e tudo e tudo. Uf.


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No campeonato de ténis Open Brasil quatro cães abandonados foram treinados para apanhar e devolver as bolas que se iam perdendo entre as jogadas. Para além do gesto nobre por parte da organização, destaca-se que o jogo em questão foi entre o espanhol Roberto Carballes Baena e o nosso Gastão Elias.

Os cães estão alojados num canil e têm um historial de maus tratos. A responsável e treinadora quis mostrar que é possível treinar cães abandonados e assim facilitar à sua adopção. Frida, Costela, Mel e Isabelle acabaram por se tornar nas estrelas do jogo e mereceram mais atenção e aplausos que os próprios tenistas.

Estes apanha-bolas mai fofos e lindos desempenharam o seu papel na perfeição... quase sempre.




Parabéns à organização pelo carinho mostrado, pela oportunidade de dar a conhecer patudos que esperam e merecem uma família e por mostrarem que com animais, tudo é mais divertido.

Fonte: Bored Panda
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E reza assim:

"De forma pouco convencional, Adolfo Luxúria Canibal resolveu mergulhar em 30 anos de recortes e seleccioná-los de modo a compor uma biografia pouco autorizada dos Mão Morta. São mais de 350 páginas que fazem um retrato muito peculiar, não apenas da banda, mas também do panorama musical. E, nas entrelinhas, do país." JP Cotrim

Quero, quero, quero! Cada palavra que o meu Canibal cospe eu consumo, cada linha, poema, refrão ou falta dele. Então 30 anos de Mão Morta em 350 páginas quero mais ainda. Vai ficar mesmo bem na minha casa. Ao lado da minha almofada. Abraçado a mim.



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A maioria das vozes que se levantam contra o facto de a Carolina Patrocínio andar sempre no ginásio, mesmo grávida, e logo depois de parir, são motivadas apenas e só pela inveja.


As mulheres invejam a forma física irrepreensível da miúda, que assim que pariu, em vez de ficar flácida e com as peles penduradas como a maioria das gajas, estava ali impecável com o seu 6-pack intacto. Não me venham com tretas - a depressão pós-parto não acontece por se olharem ao espelho e se sentirem maravilhosas. Os homens invejam simplesmente o marido dela, e os comentários de ódio são motivados sobretudo pela insatisfação nas suas parceiras.

Os comentários mais comuns são algo do género: "Ginásio a toda a hora? Isso não pode ser saudável para o bebé! Ela é completamente viciada!". Pois, meninas, digam-me lá que vício é mais saudável do que o ginásio. Toda a gente fosse viciada em ginásio e o mundo seria bem melhor. "Ah e tal, é uma doença!". Não. Doença é estar acamado, com gripe, com diarreia, tendinites ou gastroentrites. Isso é doença. Levantar cedo todos os dias e ir fazer exercício, puxar pelo corpo, combater o stress, é o oposto de estar doente. Isso são etiquetas injustas que vocês, os preguiçosos, usam para rebaixar uma actividade que de mau tem muito pouco.

Eu vou ao ginásio 5 dias por semana. No trabalho passo o dia todo sentada, são pelo menos 8 horas na mesma posição. Aturo as mesmas pessoas todos os dias. Passo por stresses que só eu sei. A melhor hora do dia é a do almoço, que é quando vou treinar. Suo, levo o corpo ao limite, espaireço a cabeça, fico mais leve, menos ansiosa, com menos dores nas costas, de cabeça, e mantenho-me em forma. Não consigo imaginar a minha vida sem o exercício. Serei doente?

Poucos compreendem a minha dedicação e não percebem porque é que vou ao ginásio em vez de ir aos almoços com os colegas ou para os copos. "Tens de ser mais social. Tens de te juntar a nós". Não. Tenho é de esquecer-vos e passar tempo longe de vocês, já que estou tantas horas por dia a olhar para as vossas fronhas e não me são nada. Se pudesse, passava mais tempo lá, e menos convosco. Curiosamente, estas são as mesmas pessoas que se estão sempre a queixar que não conseguem perder peso, têm dores, têm pouca energia, dormem mal e andam cansadas. A sério? Tudo o que é em excesso faz mal. Mas as coisas que fazem mal em excesso são piores. Mais vale comer fruta a mais do que fumar a mais. Mais vale exercício a mais do que beber álcool em excesso. Não?

Não conheço a Carolina - não sei o que ela faz para ganhar a vida, não sei se é boa pessoa, boa profissional, boa mãe, e nem me interessa. As piadas que fazem sobre o assunto e os memes até são engraçados. Acho apenas injusta a baixeza das críticas não construtivas de gente que dava um braço para ter a gordura corporal que ela tem. Tem a solidariedade desta que também se identifica como doente.

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Ia no comboio a ler e comecei a ouvir um som, muito baixinho mas irritante, e aquilo começou a mexer-me com os nervos. Parecia que uma melga insistia em andar à volta do meu ouvido esquerdo. Sacudi a cabeça e abanei as mãos perto do ouvido com a esperança de a afastar. Mas o raio da melga, ou do mosquito, não se ia embora. Bzzz, bzzzZZzzz, bzzzz...

O comboio pára numa estação, faz-se mais silêncio e ouço o mosquito a dizer "sim". Porra, os mosquitos falam. Mas não. Percebi que a senhora que estava ao meu lado falava ao telefone, mas tão baixinho, tão baixinho, que me parecia uma melga. Como é que é possível? Como é que ela conseguiu manter uma conversa durante 20 minutos sem eu perceber a 20 centímetros da minha cara? Como é que a pessoa do outro lado a ouviu? Têm ambas super-poderes?

Já que agora até há o Homem-Formiga, esta é de certeza a Senhora-Mosquito, "irritante" é nome do meio.


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Engraçado como há 20 anos atrás eu ouvia os Mamonas Assassinas. Era uma miúda, ouvia aquilo e fartava-me de rir. Fazia competições com o meu tio mais maluco a ver quem os conseguia acompanhar melhor naquelas lenga-lengas super rápidas e porcalhonas.

Hoje faz 20 anos que partiram, naquele dia fatídico em que a avioneta em que seguiam se despenhou na Serra da Cantareira depois de um concerto em Brasília. Todos os passageiros morreram. Apesar de ter sido há tantos anos, lembro-me das notícias em todo o lado e de uma legião de fãs ter acompanhado o funeral. Foi um choque imenso também para mim.

Ainda tenho o CD deles guardado, e são dos artistas que mais ouço no Spotify (eles haviam de ficar contentes com estas modernices). Foi uma carreira bem curta mas meteórica, com mais de 3 milhões de cópias vendidas só no Brasil. Eles foram únicos e inimitáveis, com tantas influências musicais (inclusivé portuguesas), e deixo em baixo a recordação inspirada no nosso vira.

São daqueles que vão viver para sempre. Mina... seus cabelo é da hora.

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Desde o Lost que o Josh está lá em cima no meu top dos actores mais sexy do planeta, e tinha muita pena por desde então não ter entrado em nenhuma produção de jeito. Queria vê-lo em acção mas não conseguia aguentar a mediocridade dos filmes e das séries que fez desde o papel do maior machão-mauzão que já caíu de um avião directamente para uma ilha misteriosa.

Agora é protagonista da série Colony e vá, até se papa. A série pós-apocalíptica narra como vivem as pessoas no planeta após este ter sido tomado por entidades alienígenas. Segregadas em colónias, muitas famílias se viram separadas e vive-se um clima de medo e pânico, em que uns poucos se atrevem a fazer frente a um sistema quase completamente desconhecido.

Miúdas, não é interessante o suficiente para vocês? Não faz mal, entra o Josh. Homens, também entra a gaja do The Walking Dead e Prison Break. Não sei se é aliciante o suficiente comparado com isto.



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O pânico. O horror. Um homem de cabelo comprido e desgrenhado, com aspecto de não tomar banho há vários dias, cara toda suja e a falar sozinho foi visto a tentar entrar na cerimónia dos Oscares. Rapidamente os seguranças foram avisados e as celebridades que estavam nas proximidades - o DiCpario e a Gaga - foram discretamente afastados.

Depressa se aproximaram do homem, louco de certezinha pois não parava de cantar um estranho refrão, e ele não ofereceu resistência quando foi levado, nem quando o maço de Marlboro lhe caíu do bolso.

O erro custou um grande pedido de desculpa por parte dos seguranças porque se tratava do grande Rob Zombie, não só um guru do metal mas também um talentoso realizador e actor. Pelos vistos o glamour da red carpet não está habituado a homens à séria. És grande, Rob. O maior.


Fonte: Heavier Metal
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